Os prefeitos da região metropolitana defenderam, nesta segunda-feira (22), que o toque de recolher a ser decretado pelo Governo da Paraíba, possa valer para todas as cidades que compõem a grande João Pessoa. A medida deve ser instituída em decreto estadual como forma de evitar a propagação do novo coronavírus. O acordo ocorreu em reunião com o prefeito Cícero Lucena, no Paço Municipal.
O prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo, informou que os gestores concordaram em uma série de propostas. Os pontos serão encaminhados ao governador do estado, João Azevêdo (Cidadania), a quem caberá a palavra final. “Haverá toque de recolher a partir das 22h, a não ser que seja para uma emergência. Se saírem, que o façam usando máscara. É hora de conscientizar as pessoas, pois sabemos que poderá colapsar o sistema de saúde, e nem temos ainda os reflexos do Carnaval”, disse.
Vitor Hugo disse, também, que a proposta dos prefeitos são ‘menos restritivas’ do que o plano que estava sendo desenhado pelo Governo do Estado. “Estamos lutando para que não seja mais restritivo”, considerou. Em relação aos bares e restaurantes, a proposta é permitir que funcionem com capacidade de 50% e com o horário reduzido até às 20h.
“Das 20h até às 22h, só funcionarão de forma delivery. O comércio geral permanece como está, mas pedimos que os comerciantes possam liberar seus funcionários um pouco mais cedo, de forma escalonada, para evitar aglomeração no transporte público”, pediu.
Haverá também o fechamento das praias e suspensão das aulas municipais. “Faremos o fechamento da praia para banho e lazer, permanecendo aberta apenas para esporte individual. Escolas municipais só terão retorno em 01 de abril e as particulares vão permanecer do jeito que está, mas de forma híbrida. As que estão funcionando, podem continuar, e a decisão de levar a criança para a escola é do pai”, observou.
Em relação às igrejas, a iniciativa caberá ao Governo do Estado, mas os prefeitos não fizeram objeção ao funcionamento dos templos, desde que respeitem os protocolos. “Vemos com bons olhos que as igrejas, mantendo os protocolos, possam funcionar”, disse Vitor Hugo.
“A conversa foi colocada na mesa, onde todos os pontos foram tocados, e chegamos a denominador comum para controlarmos essa pandemia. O mais importante de tudo é a compreensão das pessoas. Não queremos fechar nada, mas para isso as pessoas precisam ter consciência de permanecerem em casa, fazerem um esforço redobrado”, pontuou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba