A casa noturna, Borogodó das Meninas, em João Pessoa, manteve o seu funcionamento e não encontra-se fechada, como publicado anteriormente pelo Polêmica Paraíba, após uma fiscalização do Ministério Público do Trabalho na Paraíba e das Polícias Civil e Militar no local.
A operação aconteceu na madrugada do dia 23 de abril, terminando por volta das 2h da madrugada. Nove mulheres que trabalhavam como profissionais do sexo estavam no local no momento da operação, algumas vieram dos Estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Mato Grosso. Não foi constatada a presença de adolescentes.
Coordenaram a operação o delegado Alberto do Egito Souza, a delegada Renata de Almeida Matias e o procurador do Trabalho Eduardo Varandas Araruna. A delegada Cláudia Germana Santos Silvino participou da ação fazendo o procedimento na delegacia, ‘lavrando o flagrante’.
“Houve denúncia e havia indícios de exploração sexual e trabalho degradante. O estabelecimento havia divulgado nas redes sociais, bem como em carros de som pela cidade, a contratação de meninas para programas sexuais. No ato de inspeção, estavam no estabelecimento nove profissionais do sexo”, informou o procurador Eduardo Varandas.
“O MPT fez verificação física do local, inclusive dos alojamentos das profissionais do sexo, detectando a venda ilegal de medicamentos, como pomadas vaginais e anti-inflamatórios.
Não havia adolescentes no momento da operação. Todavia, as profissionais do sexo tinham jornada de trabalho exaustiva que ia de meio-dia até meia-noite, podendo se estender até às 2 horas da madrugada. Algumas confessaram que chegavam a trabalhar de domingo a domingo”, afirmou Varandas.
De acordo com o procurador, as profissionais do sexo relataram que “os programas sexuais custavam R$ 150 por meia hora, sendo R$ 50 para o dono do estabelecimento”. “As condições de trabalho das profissionais do sexo eram preocupantes, porque além da jornada extensa, havia ambientes com pouca higiene em alguns quartos, bem como na cozinha. Também havia fiação exposta na cozinha, o que poderia acarretar risco de choque elétrico”, acrescentou Eduardo Varandas.
Interrogado pelo procurador, o dono do estabelecimento declarou que o estabelecimento existe há oito anos e que somente há dois anos funciona como casa de prostituição.
“Como a maioria das profissionais do sexo é do Rio Grande do Norte, Pernambuco e até do Mato Grosso, em audiência, buscaremos indenização individual às meninas e custeio do transporte de retorno para casa e ainda comunicaremos às Secretarias de Ação Social ou Desenvolvimento Humano do Estado e do Município para inserção em programas sociais”, disse o procurador Eduardo Varandas.
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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba