A descoberta de uma gestação traz para mulher um misto de alegrias e uma enxurrada de dúvidas acerca das 40 semanas que irá viver, muitas vezes relacionadas com a questão estética. Por mais que a beleza da barriga cresça alegre a futura mamãe, essa alegria e descoberta vêm acompanhadas de perguntas como: preciso comer por dois? E se eu engordar muito e meu corpo não voltar ao normal?
Para esclarecer essas e outras dúvidas acerca da saúde alimentar das gestantes, a nutricionista clínica e esportiva do Hapvida, Débora Bezerra, explica a importância que a alimentação possui na fase gestacional, tanto para futura mamãe, quanto para o bebê que está sendo gerado se manterem saudáveis.
“A primeira orientação a ser dada às gestantes deve ser: elas devem comer duas vezes melhor e não duas vezes mais, garantindo assim, as reservas adequadas em relação aos nutrientes – vitaminas, minerais, proteínas –, e a quantidade calórica diária para o desenvolvimento do feto e manutenção do bom estado nutricional da mãe”, esclarece.
A especialista afirma que o acompanhamento nutricional pode ser iniciado logo nas primeiras semanas de gestação. “Esse acompanhamento é importante para controle de peso durante esta fase, educação nutricional em relação às escolhas alimentares, minimizar desconfortos gastrointestinais (enjoos, azia, prisão de ventre), prevenção de doenças metabólicas (diabetes gestacional e pré-eclâmpsia)”.
Débora Bezerra apresenta ainda os alimentos que são mais recomendados para consumo durante a gestação. “Nessa fase da vida é importante que a mulher esteja atenta ao consumo de alimentos minimamente processados, aqueles energéticos, construtores e reguladores. Que seriam os carboidratos, as proteínas de alto valor biológico, como por exemplo, ovo, frango, peixe, carnes magras e as frutas e verduras, respectivamente”.
Por outro lado, também há as indicações para os que devem ser evitados, tanto na gestação como em outros ciclos da vida, pelo baixo valor nutricional que apresentam. “Entre eles podemos destacar os alimentos ultraprocessados (embutidos, congelados), bebidas alcoólicas, excesso de açúcar, sódio, gordura trans e alimentos crus, pelo alto risco de contaminação”, elenca.
Diabetes Gestacional – Uma das preocupações ao longo da gestação é com relação a diabetes gestacional que pode ser evitada com o consumo excessivo de carboidratos simples e alimentos ricos em açúcar. “Caso a mulher gestante seja diagnosticada com a doença ela deve procurar um nutricionista para adequar os carboidratos e a quantidade, visto que vários alimentos são fontes desse nutriente, não podendo excluí-lo totalmente da alimentação”, explica.
Mitos e Verdades – Ao longo da gestação se escuta falar muitas coisas relacionadas à alimentação da gestante. A nutricionista Débora Bezerra aproveita a oportunidade e cita um mito e uma verdade acerca do assunto. “Um mito está relacionado ao café, os estudos não chegaram a um consenso em relação a quantidade diária, mas sabe-se que seu consumo pode ser feito de forma segura na quantidade de, aproximadamente, duas xícaras por dia sem prejuízos ao desenvolvimento do feto”, informa. Já a verdade está relacionada ao consumo de chás. “As gestantes precisam estar atentas pois estudos comprovam o efeito abortivo e hipertensivo que alguns chás apresentam”, enumera.
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria