O Ministério Público Federal (MPF) na Paraíba, por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, convocou reunião para este sábado (29) com o segmento de shows e entretenimentos e a Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB) para discutir a realização de eventos de massa que possam gerar aglomerações, tendo em vista o agendamento de vários shows e eventos na Paraíba nos meses de fevereiro e março. A reunião será virtual, a partir das 10h.
Segundo o órgão, pretende-se, ao final da discussão, enviar ao governo estadual os encaminhamentos acordados e considerações de possível alteração no decreto que limita a participação de público em eventos de massa, em razão da alta transmissibilidade da variante ômicron.
Entenda
A motivação da reunião, segundo o órgão, é o aumento no número de casos da Covid nos últimos 15 dias no Estado da Paraíba, o que levou ao incremento da procura por testes na rede pública e privada, o que pode ocasionar a demora nos resultados e afetar, inclusive, o manejo clínico dos pacientes.
Além disso, já há o aumento no número de atendimentos clínicos e hospitalares, amplamente noticiado pela imprensa e, mesmo sem impacto em maiores internações, o setor privado de saúde já sente o impacto da dinâmica hospitalar. A rede pública também informou que o Hospital Metropolitano esgotou os leitos para covid.
Na quarta-feira (26), o Observatório de Síndromes Respiratórias da Universidade Federal da Paraíba (OBSRUFPB), informou ao MPF que o número reprodutivo efetivo (Rt) da Paraíba era aproximadamente igual a 1,44. O Rt indica quantas pessoas, em média, um indivíduo infeccioso pode contagiar.
Na ocasião, o professor Hemílio Coelho, coordenador do Observatório, explicou que o Rt 1,44 significa que cada 100 pessoas infectadas na Paraíba são capazes de transmitir o vírus para outras 144 pessoas. “Importante ressaltar que a variante Ômicron avança e já fez com que os patamares de infecção sejam superiores ao segundo semestre de 2021 em um período curto”, apontou o professor.
Fonte: Polêmica Paraíba com paraia.com.br
Créditos: Polêmica Paraíba