no Silvio Porto

MoveMente usa dança e música como instrumentos de ressocialização do público LGBT privado de liberdade

A dança e a música são os principais instrumentos do Projeto MoveMente, para promover a ressocialização e a melhoria na qualidade de vida do público LGBTQI+ privado de liberdade. Na manhã desta terça-feira (20), na Penitenciária Desembargador Sílvio Porto, foi realizado o ‘Arraiá MoveMente’, promovido pela Vara de Execuções Penais (VEP) da Comarca de João Pessoa e pela direção daquela unidade prisional. Além de resgatar a cultural junina, o evento homenageia os seis anos do projeto, que nasceu na Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão e, também, está consolidado na Sílvio Porto.

Foto: assessoria

A dança e a música são os principais instrumentos do Projeto MoveMente, para promover a ressocialização e a melhoria na qualidade de vida do público LGBTQI+ privado de liberdade. Na manhã desta terça-feira (20), na Penitenciária Desembargador Sílvio Porto, foi realizado o ‘Arraiá MoveMente’, promovido pela Vara de Execuções Penais (VEP) da Comarca de João Pessoa e pela direção daquela unidade prisional. Além de resgatar a cultural junina, o evento homenageia os seis anos do projeto, que nasceu na Penitenciária de Reeducação Feminina Maria Júlia Maranhão e, também, está consolidado na Sílvio Porto.

Para uma das idealizadoras do MoveMente, a juíza auxiliar da VEP da Capital, Andréa Arcoverde, o papel do Poder Judiciário estadual nessa iniciativa é sempre de incentivo. “A Vara de Execuções Penais se preocupa com a ressocialização, sempre apoiando todas as ações nesse sentido. No caso específico, buscamos, além da remissão da pena, a saúde mental, o resgate da autoestima, solidariedade, respeito ao próximo e diversidade”, comentou a magistrada. Ela lembrou que a ação teve início em 2017, com uma população de mulheres. “Há pouco mais de um ano, estamos na Penitenciária Sílvio Porto, com o público trans e a inclusão da Banda MoviMente, incorporada ao projeto”, acrescentou.

Para o secretário de Administração Pública, João Alves de Albuquerque, ações como esta mostram a preocupação do Estado com as pessoas privadas de liberdade. “Quero destacar a importância da parceria entre os poderes Executivo e Judiciário, que andam juntos na busca continuada pela ressocialização das pessoas em conflito com a lei. Temos o dever de cuidar dessas pessoas, principalmente, do grupo LGBTQI+, que já sofre com o preconceito e a violência”, afirmou.

O diretor da Penitenciária Sílvio Porto, Gilberto Rio Pereira, destacou que as expressões corporais têm sido importantes, sobretudo, para comportamento cotidiano das beneficiadas com as atividades culturais, que passaram a fazer parte da unidade, tratando da mente e do corpo das reeducandas. “Há uma mudança comportamental notória. Esse trabalho conjunto, entre o Judiciário a Administração Penitenciária, tem transformado vidas”, avaliou. Atualmente, 12 mulheres trans são e sete integrantes da banda são, diretamente, beneficiados (as) com o projeto, na Sílvio Porto.

Quem coordena o MoveMente é professora Germana Dália, responsável pelos ensaios e apresentações. Ao lado da juíza Andréa Arcoverde, ela é fundadora do projeto. “Nesta terça-feira, apresentamos temáticas voltadas aos festejos juninos, com danças, músicas e comidas típicas da época. É importante dizer que a Vara de Execuções Penais, com seu olhar diferenciado para o público feminino, foi possível expandir o projeto. Na Júlia Maranhão, por exemplo, 40 mulheres participam das atividades do grupo”, informou.

Dália disse, ainda, que o MoveMente gera benefícios à saúde, alegria e leveza às reeducandas, com exercícios funcionais e dança, como também, previne doenças, combate o sedentarismo e depressão no ambiente prisional.

A Noiva – A reeducada, Renata Maria da Silva, 26 anos, foi escolhida a noiva do ‘Arraiá MoveMente. Ela é natural de Cabedelo, Região Metropolitana de João Pessoa. Ela contou que conheceu o projeto no final de 2021 e desde de então sente um real mudança na sua qualidade de vida. “Exitem pessoas que acreditam na gente e depositam esperança em nosso desejo de mudar para melhor. Quando sair, quero terminar meu curso de Enfermagem. Dentro da unidade, eu trabalho no setor de arquivo e faço faxina. Aqui, somos totalmente assistidas e somo tratadas com respeito”, informou.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba