Por mais que tenha me preparado para este momento, não evitei o baque aqui dentro do peito quando Ricardo Pereira me avisou da morte de Doutor Aloysio. Foi mais forte do que eu. Doutor Aloysio Pereira Lima era aquela baraúna inquebrável e imortal. Ele não morreria jamais. Eu pelo menos achava isso.
Eis que perdemos o maior homem público que Princesa botou no mundo. Um político de trajetória e vida limpas, uma biografia sem mancha, um exemplo para os que começam nessa intrincada jornada pela política e um orgulho aos cidadãos de sua terra.
Viveu muito, longos 95 anos.Aguentou dores e saudades. A perda da filha, a saudade da esposa, sofreu, seu coração doeu, mas nunca o vi lamentando-se. Era sempre altivo e forte.
Amava Princesa, amava o pai, coronel José Pereira.Eu o via, aos 90 anos, referindo-se ao coronel como “papai”. Era sempre a palavra que pronunciava em qualquer reunião ou entrevista: “papai”.
Hoje, nessa despedida que me deixou sem uma parte do coração, quero dizer que ele fará falta, e muita. Princesa perdeu seu guerreiro.Eu perdi um amigo.
Descanse em paz, Doutor Aloysio.
Fonte: Blog do Tião Lucena
Créditos: Tião Lucena