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Ministério Público fará coletiva de imprensa sobre caso Braiscompany; saiba mais

Foto: Reprodução

O promotor de Justiça Sócrates da Costa Agra, diretor regional do MP-Procon, acaba de confirmar uma coletiva de imprensa para esclarecer informações sobre o caso Braiscompany na próxima segunda-feira, dia 13, na sede do Ministério Público em João Pessoa. O horário da coletiva ainda será definido. A informação é do Portal Celino Neto.

O promotor informará os novos rumos e desdobramentos da investigação que poderá deflagrar a instauração de uma ação civil pública, objetivando resguardar os interesses coletivos dos consumidores supostamente lesados.

Sócrates Agra lamentou a conduta da empresa Braiscompany que, embora tenha sido formalmente notificada, nada colaborou com a elucidação dos fatos e deixou sem respostas vários questionamentos formulados pelo órgão ministerial, no tocante aos ativos financeiros e à falta de pagamentos de seus clientes que deixaram de receber seus rendimentos investidos na empresa, desde dezembro do ano passado.

Repercussão Internacional

O site de notícias internacional, BBC News repercutiu, na manhã deste sábado (11), o caso da empresa  Braiscompany, que está sendo acusada de dar golpes milionários com criptomoedas em todo o Brasil, onde traz a cidade de Campina Grande como destaque, após milhares de campinenses caírem, recentemente, no golpe.

Braiscompany: como cidade na Paraíba pode ter caído em golpe de milhões com criptomoedas
Campina Grande, no interior da Paraíba, passou as últimas semanas sob perplexidade e tensão. A cidade conhecida pelo “maior São João do mundo” virou o epicentro da mais recente suspeita de golpe com criptomoedas no Brasil.
Milhares de campinenses, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos, investiram suas economias pessoais sob a promessa de um ganho financeiro ao redor de 8% ao mês. É uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado.
O negócio foi oferecido por uma empresa local, a Braiscompany, e tinha um modelo pouco convencional.
Os participantes convertiam seu dinheiro em ativos virtuais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela “locação” dessas criptomoedas.

Mas o calendário de remuneração dos dividendos deixou de ser cumprido desde o final do ano passado, e a hipótese de calote paira no ar.

Antônio Neto Ais, o fundador da companhia, disse em uma live que gerenciava R$ 600 milhões de 10 mil pessoas.
A Braiscompany não respondeu aos questionamentos feitos pela BBC News Brasil a respeito da possibilidade de não honrar os compromissos com seus clientes e sobre outros pontos do caso.
‘Perdi valor de uma casa em criptomoedas’: os brasileiros que viram suas economias sumirem na FTX13 dezembro 2022

Especialistas acreditam que clientes da Braiscompany não vão conseguir ter dinheiro de volta

O Frente a Frente, TV Arapuan, Rede TV!,  desta segunda-feira (06), ouviu três especialistas sobre o caso Braiscompany. O professor e economista Guilherme Santana, o  Empreendedor em Tecnologia Juares Neto, e o PHD em Ciências Contábeis Felipe Pontes.

Questioando sobre a possiblidade dos clientes da Braiscompany conseguirem reaver o investimento, Felipe Pontes foi enfático e disse que o dinheiro não vai ser recuperado, “infelizmente as pessoas não vão ter seu dinheiro de volta, esse dinheiro já está fora do Brasil, muita gente foi prejudizada, não quero tirar a esperança de ninguém, mas é o fim desses casos”. O especialista disse que as autoridades precisam agir com fluidez.

Na mesma fala, ele destacou que muitas pessoas entram nesses esquemas sabendo que o negócio é errado e diz, “vou entrar no começo, porque realmente no começo dá dinheiro, quem entra sabendo disso também deveria ser apontado como culpado”, destacou.

Para o economista Guilherme Fontana,  é difícil saber quem entra sabendo que o esquema é errado. E destacou que a Braiscompany está tentando ganhar tempo “emitindo nota e fazendo live”.

“Estão tentando ganhar tempo com as pessoas e com o Ministério Público para de fato sumir com o dinheiro, para quando estourar mesmo não ter como ressarcir ninguém”. Para Guilherme, o Ministério Público precisa ser mais rápido para apreender bens e bloquear contas bancárias,  “para tentar conseguir algum dinheiro para ressarcir  pelo menos parte das pessoas ”

O empreendedor em Tecnologia Juarez Neto pediu a atenção das pessoas, para que sempre se desconfie e estude melhor antes de entrar nesse tipo de negócio.

MP abre nova investigação contra Braiscompany e ameaça acionar empresa na Justiça

O Ministério Público da Paraíba abriu, na semana passada, uma nova investigação para apurar irregularidades Braiscompany, empresa sediada em Campina Grande. Prometendo retornos financeiros vultosos, a instituição privada tem sido alvo de diversas denúncias por parte de clientes sobre a falta de pagamentos nos últimos meses.

A investigação será conduzida pelo promotor Sócrates da Costa Agra, diretor-regional do MP-Procon. Em nota encaminhada à coluna, ele informou que “está apurando denúncias de alguns investidores que não estariam recebendo as remunerações acordadas em contratos com a empresa Braiscompany”.

Juíza rejeita pedido de empresário que investiu R$ 2 milhões na Braiscompany

A juíza da 3ª Vara Cível da Comarca de Campina Grande, Renata Barros de Assunção Paiva, negou o pedido do empresário Cláudio Maurício de Oliveira contra a Braiscompany para devolução dos seus investimentos aplicados na empresa.

A Braiscompany vive uma crise com atrasos de pagamentos dos alugueis de criptomoedas e é alvo do Ministério Público da Paraíba.

Na ação, Cláudio apresentou a celebração de cinco contratos de cessão temporária de ativos digitais (aluguel), no valor total de R$ 2.075.000,00 (dois milhões e setenta e cinco mil reais), além de ter entregue um jet-ski para realização de aportes financeiros.

Na decisão, a juíza Renata Barros afirmou que “os documentos carreados aos autos não são suficientes à conclusão de que esteja havendo inadimplemento imotivado pela empresa ré, não bastando, para fundamentação deste decisum, divulgações de mídia virtual, ou redes sociais, mormente quando também são veiculados, em tais meios, pagamentos parciais pela empresa, sem que haja elementos indicativos de ser o ora demandante beneficiário deles ou não”.

A magistrada também determinou a marcação de uma audiência de conciliação, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

 

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba com Celino Neto