Especialista explica que pais e profissionais devem estar atentos aos sinais do TEA
Segundo dados do Center of Deseases Control and Prevention (CDC, sigla em inglês), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 54 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus mais de 210 milhões de habitantes, possua cerca de 4 milhões de autistas.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma alteração do neurodesenvolvimento, caracterizada por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos restritos e repetitivos. Por não apresentar características físicas que diferenciem o autista dos indivíduos típicos, muitas vezes o TEA é classificado equivocadamente como birra ou falta de educação. “Muitas pessoas chegam a culpar os pais pela conduta dos filhos. Por isso, a conscientização é importante para acabar com o preconceito”, destaca Daniela Perine, psicóloga e analista do comportamento da equipe do Viver Bem, setor da Unimed João Pessoa responsável pelo atendimento inicial a clientes com TEA e outros transtornos ou síndromes.
A especialista explica que ainda existem convenções que dificultam e atrasam o tratamento precoce. “Pensamentos como o de que cada criança tem seu tempo, ou que os pais devem esperar, pois ela ainda vai se desenvolver, faz com que muitos não tenham uma hipótese diagnóstica, impedindo ou dificultando o início de um tratamento adequado”, alerta. Para que isso seja evitado, os pais e profissionais devem estar atentos aos sinais do TEA, entre eles dificuldade de iniciar ou manter uma conversa, de entender expressões faciais, além de não atender quando chamado pelo nome. “Outros sintomas são padrões repetitivos e restritos, como movimentos motores, problemas com a quebra da rotina e sofrimento extremo com pequenas mudanças, necessidade de ingerir os mesmos alimentos, reação contrária a sons ou texturas específicas até comprometimento nas habilidades de autocuidados e de independência”, acrescenta.
Diagnóstico precoce – Ao contrário do que é difundido, os sinais do TEA podem ser observados já a partir de alguns meses de vida, aponta Daniela Perine. “A falta de contato visual, inclusive no momento do aleitamento, pouca resposta ou reação excessiva a estímulos e distúrbios do sono são alguns deles. Conforme o bebê se desenvolve, outros sinais podem ficar mais evidentes. É fundamental o pediatra, profissionais e familiares estarem atentos ao desenvolvimento esperado para cada idade”, alerta.
Daniela reforça que não se deve esperar os sinais ficarem mais evidentes para buscar ajuda especializada. “É importante iniciar o tratamento nos primeiros sinais do autismo e, depois de um período de intervenção, o médico avalia se mantém ou descarta o diagnóstico”, explica. Ela comenta que a família tem um papel essencial na evolução do autista. “Quando treinada, tem condições de entender melhor alguns comportamentos e saber como lidar com situações do cotidiano”, destaca.
Centro de Terapias Especiais – A Unimed João Pessoa oferece um serviço completo e exclusivo para os clientes com TEA e outros transtornos e síndrome. É o Centro de Terapias Especiais, disponibilizado em parceria com a Clínica Estima. Em uma área verde de 550 metros quadrados, o local dispõe de ambientes confortáveis que permitem a prática de atividades educativas, terapêuticas, recreativas e integrativas. Além disso, há viveiro de pássaros, fazendinha, horta, parque, gramado para recreação, salas modernas e climatizadas, centro de terapia e espaço de acolhimento. A integração dos atendimentos em um único ambiente facilita e agiliza o tratamento.
A equipe é formada por psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicopedagogos, fisioterapeutas, nutricionistas e especialistas em psicomotricidade, treino funcional, analistas de comportamento e acompanhantes terapêuticos, entre outros. Durante a pandemia, os atendimentos continuam sendo realizados fisicamente, respeitando as normas e protocolos de segurança para evitar o contágio pelo coronavírus.
De acordo com o gestor de Serviços de Atenção Integral à Saúde e Ambulatoriais da Unimed João Pessoa, Heraldo Rocha, a Cooperativa tem adotado uma posição de proatividade, que visa um cuidado maior com as crianças e adolescentes envolvidos nessas terapias. “Acompanhamos de perto a evolução de cada um deles e, em parceria com a Clínica Estima, discutimos e aprimoramos os protocolos de atendimento para cada necessidade específica”, ressalta.
No Centro de Terapias Especiais, uma equipe transdisciplinar busca alcançar e alterar a percepção, cognição ou comportamento dos pacientes, colocando em prática diferentes técnicas de abordagem. Além de TEA, são atendidos beneficiários com Síndrome de Down e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), entre outros transtornos ou síndromes. “A Unimed João Pessoa não se limita apenas a fazer autorizações de tratamentos. Tem essa visão [de atenção integral] na abordagem dos beneficiários”, destaca. “Estamos comprometidos com o bom funcionamento do Centro de Terapias Especiais e otimistas com os resultados”, completa Heraldo Rocha.
Como ser atendido – Para realizar o tratamento no Centro de Terapias Especiais, é necessário solicitar autorização prévia no Viver Bem, setor que fica na sede da Unimed JP, na Torre. No local, uma equipe capacitada está pronta para esclarecer todas as dúvidas e agilizar os encaminhamentos.
O Centro de Terapias Especiais funciona de segunda a sábado, das 8h às 18h, na Avenida Pedro II, 1373, no Centro de João Pessoa. Os telefones são 3024-7222 e 9-9944-3297 e o e-mail é [email protected].
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba