Um menino de dois anos morreu, nessa quarta-feira (14), no Hospital Universitário Alcides Carneiro, em Campina Grande, dias após ser diagnosticado com calazar. A criança, natural de Conceição, Sertão paraibano, estava internada desde o dia 2 deste mês. Ela foi diagnosticada com a doença no dia 5, após uma série de exames.
De acordo com o superintendente do hospital, Homero Gustavo, a criança passou dois dias na enfermaria e, em seguida, foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), devido à evolução da doença. “O paciente faleceu por conta de insuficiência hepática, renal e respiratória. A situação dele já era grave quando ele chegou ao hospital”, informou o médico.
Ainda conforme Homero Gustavo, com base no relato de familiares da criança, o menino vinha sofrendo com febres há pelo menos um mês antes da internação. No hospital, ele apresentou mal-estar geral, pele amarelada e abdômen estendido. “O quadro foi se agravando rapidamente”, completou o médico.
Ao Portal Correio, Homero Gustavo explicou que o calazar é uma doença endêmica, transmitida por um inseto conhecido popularmente como ‘mosquito palha’. “As pessoas se enganam de pensar que animais de estimação transmitem a doença. O que pode acontecer é o mosquito picar um animal que tenha a doença e, em seguida, picar um humano”, esclareceu.
Homero Gustavo acrescenta que a doença é mais comum em áreas de alta vulnerabilidade social. “No ano passado, recebemos 24 pessoas com calazar no HU. Em 2016, foram 26”, disse. “A cura é possível, mas depende do estado da vítima ao chegar ao hospital”, finalizou.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, de janeiro a dezembro de 2017 foram confirmados 47 casos de leishmaniose visceral, com três mortes na Paraíba (duas em Campina Grande e uma em João Pessoa).
Fonte: Portal correio
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