Em julho do ano passado, a LimpMax, empresa sousense especializada na limpeza de resíduos sólidos, assinou contrato no valor de R$ 88 milhões com a Autarquia Municipal Especial de Limpeza Urbana de João Pessoa (Emlur-JP) para a realização da coleta do lixo do Lote III da capital. Seis meses depois da celebração do contrato, o risco de que ruas de bairros da cidade se tornem lixão a céu aberto volta a assombrar os moradores. Desde janeiro, a empresa tem atrasado o pagamento do salário dos funcionários e de benefícios como o vale-refeição. Neste domingo (7), após novo atraso, os trabalhadores resolveram parar.
De acordo com Radamés Cândido, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana da Paraíba (SINDLIMP-PB), a empresa culpa a Emlur-JP pela falta de pagamento, alegando que a empresa pública não estaria repassando o valor mensal definido no contrato da licitação, R$ 1.836.661,32, desde janeiro. Ocorre que as demais empresas, que fazem o Lote I e II, estão pagando normalmente seus funcionários.
“O que eles informaram para a gente foi que eles estavam desde janeiro sem receber nada da Emlur. A gente conversa com a Emlur, e ela coloca que não está devendo nada a nenhuma empresa em João Pessoa. As outras empresas [responsáveis pela limpeza urbana na capital] pagaram”, afirmou.
A reportagem ligou para dois números vinculados à LimpMax, mas não foi atendida. A Emlur-JP, através da assessoria de comunicação, afirmou que não foi oficiada pela empresa sobre quaisquer atrasos de repasses e muito menos de paralisação de funcionários e que, só voltará a se manifestar, quando for notificada.
O Lote III, o qual a LimpMax é responsável por fazer a limpeza, abrange os bairros de Alto do Céu, Alto do Mateus, Centro, Cristo, Cruz das Armas, Ilha do Bispo, Jaguaribe, Mandacaru, Oitizeiro, Padre Zé, Roger, Tambiá, Treze de Maio, Trincheiras Varadouro e Varjão.
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria