A prefeitura municipal de João Pessoa emitiu uma nova nova na noite deste sábado (5) contra uma segunda decisão da Justiça da Paraíba que determinou que bares e restaurantes da cidade respeitem as medidas restritivas contra a Covid-19 estipuladas pelo decreto estadual, e não o municipal.
Segundo a prefeitura, a cidade tem os melhores dados de taxa de ocupação de leitos de UTI entre capitais do Nordeste, e por isso, poderia permanecer com bares, restaurantes e similares abertos durante a semana até às 21h, assim como o funcionamento de academias e escolinhas de futebol, como ficou determinado pelo decreto estadual.
Ontem, em duas oportunidades, a Justiça derrubou trechos do decreto municipal e obrigou esses dois setores cumpram as medidas estaduais. Em comparação, bares, restaurantes e similares poderiam atender clientes presencialmente até 21h durante a semana, contra o horário de 16h estipulado pelo estado. João Pessoa também autorizou o funcionamento de academias durante os cinco dias úteis, atividade proibida até o dia 18 de junho segundo o estado.
“Quando se compara ao quadro de outras capitais nordestinas, a paraibana confirma o seu diferencial também no aspecto regional. João Pessoa, conforme os dados das secretarias estaduais de Saúde, tem a menor taxa de ocupação dos leitos de UTI – com 78%. As demais capitais estão acima dos 81%, atingindo 99% em Aracaju”, explica nota enviada pela Secom.
“Quanto às medidas restritivas, a capital paraibana está junto a Maceió, Aracaju e Salvador com as atividades não essenciais e as praias fechadas aos fins de semana. Dessa forma, não está relaxando com os cuidados preventivos mas construindo uma saída menos penosa aos afetados por quase 1,5 ano de perdas, de vidas na forma mais trágica, e de meios do sustento da própria e de outras famílias que dependem de determinado negócio”, continua.
Confira a nota na íntegra:
Após decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba, a tentativa de organizar o funcionamento das atividades produtivas e a circulação de pessoas na cidade de forma a minimizar riscos de contaminação e preservação econômica da Prefeitura de João Pessoa caiu por terra. Prevaleceu a proposta de fechamento linear da maior parte das atividades aos finais de semana e selou as portas das atividades em academias e escolinhas esportivas por duas semanas.
A alegação para restringir a circulação e o funcionamento de bares, restaurantes e similares é o risco de contaminação e o crescimento dos índices de ocupação hospitalar. A Prefeitura de João Pessoa tem alegado, inclusive através do prefeito Cícero Lucena, que o caso é diferente na cidade em relação às demais que apresentam bandeira laranja na avaliação do Governo do Estado. Isso, porque tem mais da metade dos leitos Covid-19 ocupados por pacientes de diversos outros municípios.
Quando se compara ao quadro de outras capitais nordestinas, a paraibana confirma o seu diferencial também no aspecto regional. João Pessoa, conforme os dados das secretarias estaduais de Saúde, tem a menor taxa de ocupação dos leitos de UTI – com 78%. As demais capitais estão acima dos 81%, atingindo 99% em Aracaju.
Quanto às medidas restritivas, a capital paraibana está junto a Maceió, Aracaju e Salvador com as atividades não essenciais e as praias fechadas aos fins de semana. Dessa forma, não está relaxando com os cuidados preventivos mas construindo uma saída menos penosa aos afetados por quase 1,5 ano de perdas, de vidas na forma mais trágica, e de meios do sustento da própria e de outras famílias que dependem de determinado negócio.
Cinco capitais nordestinas com lotação próxima do esgotamento de vagas em UTI estão buscando esse equilíbrio também, porém sem fechar aos fins de semana. Eles estão apertando na fiscalização das normas de distanciamento social e sanitárias. A flexibilização nos horários de funcionamento e limitando o acesso das pessoas aos ambientes fechados é o meio mais utilizado por Recife, Fortaleza, Teresina, Natal e São Luís.
Taxa de ocupação em UTI
Aracaju – UTI 99%
Maceió – UTI 90%
Salvador – UTI 82%
Fortaleza – UTI 88%
São Luís – UTI 96,06%
João Pessoa – UTI 78%
Recife – UTI 81%
Teresina – UTI 88%
Natal – UTI 89,4%
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba