Três militantes conservadores prestaram depoimento à Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (12), em investigação relacionada às manifestações de cunho supostamente antidemocrático, que ocorreram em João Pessoa durante a pandemia do novo coronavírus. A PF quer saber quem financiou os atos. Os manifestantes foram intimados nesta terça-feira (11).
Conforme apurou a reportagem, prestaram depoimento os pré-candidatos a vereador de João Pessoa pelo Patriota, Alisson Novais (líder do movimento Direita Mover) e Jayme Cardoso, e o vice-coordenador geral do movimento Direita Mover, Danilo Alves. Eles se identificam como apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O inquérito em andamento apura a suposta defesa de pautas antidemocráticas nas manifestações, quem financia o movimento e o desrespeito ao isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus, o que os manifestantes negam. Eles já haviam prestado depoimento à Polícia Civil sobre o mesmo tema. Nos depoimentos de hoje, eles foram questionados sobre o teor dos atos realizados na Capital e sobre quem financia os protestos.
Em âmbito nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) instaurou um inquérito para apurar a realização de manifestações, em tese, antidemocráticas que ocorreram em todo o país em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. A Corte quer saber quem financia esses fatos. Em João Pessoa, manifestantes chegaram a se reunir em frente ao Comando do 1° Grupamento de Engenharia para pedir uma ‘intervenção militar democrática’ no país.
Ao Polêmica Paraíba, o pré-candidato Jayme Cardoso informou que as manifestações em apoio ao presidente são democráticas e espontâneas. “De antidemocráticas as manifestações não têm nada. Não tem financiadores e não somos uma CUT da vida. O depoimento foi tranquilo. Lógico que é constrangedor ir à Polícia Federal quando você não é bandido, quando você não matou ninguém e não pediu para ninguém ser emparedado”, disse.
Também em contato com a reportagem, o militante Allyson Novais informou que as investigações tocadas pela Polícia Civil não encontraram irregularidades nos atos que ocorreram na Paraíba. Ele disse que é vítima de perseguição política. “A Civil encaminhou os autos para a MPF que, embora reconhecendo a legalidade das manifestações, respaldado pela jurisprudência do próprio STF, reenviou os autos à PF para que esta apure quaisquer irregularidades”, disse.
A Polícia Federal ainda não informou quais serão os próximos passos da investigação.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba