planejamento para situação de emergência

HULW vai receber crianças com suspeita do novo coronavírus na Paraíba

HULW vai receber crianças com  suspeita do novo coronavírus na Paraíba

Hospital Universitário de João Pessoa  é retaguarda para pediatria e vai ter quatro leitos à disposição

O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi definido como instituição de referência para receber crianças com suspeita do novo coronavírus (2019-nCoV) na Paraíba. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (31), em João Pessoa, durante entrevista coletiva organizada pela Secretaria de Estado da Saúde. O infectologista Francisco Bernardino Neto representou o HULW-UFPB na apresentação à imprensa do plano de ação para monitoramento e fluxo de atendimento de possíveis casos da doença.

Na Paraíba, duas instituições de saúde foram estabelecidas para assistência a pacientes com coronavírus: o Complexo Hospitalar de Doenças Infectocontagiosas Clementino Fraga, que será a referência principal para a doença (com 18 leitos e nove enfermarias, além de leitos de Unidade de Terapia Intensiva – UTI), e o Hospital Universitário Lauro Wanderley, focado no público infantil.

O Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC-UFCG) também deve integrar essa corrente de atendimento, acolhendo pacientes do interior do Estado. Se for confirmado, serão mais três leitos à disposição da população paraibana. Como se trata de um planejamento para situação de emergência, o fluxo de atendimento é ajustado de acordo com a necessidade.

No HULW, serão colocados quatro leitos à disposição da Secretaria de Estado da Saúde, para atender pacientes que necessitam de isolamento e ventilação mecânica: três de isolamento simples na Unidade de Doenças Infectocontagiosas e Parasitárias (DIP) e um de retaguarda na UTI Pediátrica. Caso o Hospital Clementino Fraga (definido como principal referência na Paraíba para o novo coronavírus) fique lotado, ou não ofereça o suporte adequado por motivos diversos, também serão aceitos pacientes adultos no HU.

Conforme o infectologista Francisco Bernardino Neto, não existe um tratamento específico para o coronavírus por se tratar de um vírus novo. Assim, o tratamento é de suporte, e o alerta para o diagnóstico é uma síndrome gripal.  “O HU é retaguarda para pediatria, então se houver um paciente suspeito na faixa etária pediátrica, que é de até 18 anos, ele vai ser levado para o Hospital Universitário e fica na DIP. Se esse paciente precisar de UTI, ele vai ficar na UTI Pediátrica do HU. Por ventura, se acontecer algo que torne a situação no Estado mais complexa, e os leitos do Clementino Flagra forem insuficientes, então teremos de oferecer mais leitos. Mas será uma exceção”, destacou o especialista.

Além do HULW, outros três hospitais vinculados à Ebserh foram definidos, até agora, como referência para casos suspeitos de coronavírus: o Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM-UFMT/Ebserh), em Cuiabá (MT); o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh), em Campo Grande; e o Hospital Universitário João Barros de Barreto (HUJBB-UFPA/Ebserh), em Belém (PA).

MOBILIZAÇÃO

Durante a entrevista, o secretário de Saúde Geraldo Medeiros explicou o objetivo de se mobilizar todo o “arcabouço de sustentação” da saúde do Estado. “A convocação do Samu, do Hospital Lauro Wanderley, do Hospital Clementino Fraga e dos técnicos da Secretaria Estadual de Saúde é, justamente, para o grupo todo de profissionais de saúde que deverão ter contato e manusear esses pacientes ter a informação total, em sincronia com o Ministério da Saúde”, disse.

Geraldo Medeiros também destacou que é fundamental que os profissionais de saúde estejam alertas e com alto índice de suspeição, para que, a partir do momento da suspeita, quando do atendimento de pacientes em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), por exemplo, possa ser feito de imediato o isolamento do indivíduo, evitando a transmissão do vírus a mais pessoas.

Para o diretor de Atenção à Saúde da Rede Ebserh, Giuseppe Gatto, o trabalho integrado entre as instituições de saúde é fundamental para minimizar possíveis impactos em caso de surto do coronavírus no Brasil. “É importante a Rede Ebserh trabalhar em conjunto com as redes locais de saúde. Não é um esforço individual, mas coletivo. A administração central da empresa está trabalhando em parceria direta com o Ministério da Saúde, se integrando desde o começo dos esforços para acompanhamento e avaliação do vírus no país”, disse.

Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba