Polarização

HOMESCHOOLING: Cabo Rui apoia ensino em casa e diz que iniciativa pode garantir mais segurança e qualidade no aprendizado

Um debate tem dividido opiniões entre profissionais da educação e pais e responsáveis de crianças em idade escolar. Foi aprovado mês passado na Câmara dos Deputados e agora está em apreciação no Senado Federal o homeschooling, ou “ensino em casa”, ou seja, a possibilidade de crianças receberem educação domiciliar.

Um debate tem dividido opiniões entre profissionais da educação e pais e responsáveis de crianças em idade escolar. Foi aprovado mês passado na Câmara dos Deputados e agora está em apreciação no Senado Federal o homeschooling, ou “ensino em casa”, ou seja, a possibilidade de crianças receberem educação domiciliar.

Nessa modalidade de ensino os pais fiquem responsáveis pelo conteúdo programático educacional dos filhos, de acordo com o projeto, o estudante deve estar regularmente matriculado em instituição de ensino, que deverá acompanhar a evolução do aprendizado.

Segundo o projeto de lei que está no Senado, ao menos um dos pais ou responsáveis deve ter escolaridade de nível superior ou em educação profissional tecnológica. A comprovação dessa formação deve ser apresentada perante a escola no momento da matrícula. De acordo com alguns deputados favoráveis ao projeto, a mudança garante a eles o direito de educar os filhos em casa, com supervisão do poder público.

Para o pré candidato a deputado estadual, Cabo Rui, o homeschooling garante mais segurança, conforto e qualidade para as crianças, pois têm a atenção toda para elas: “Pai e mãe sabem melhor que ninguém como o filho aprende melhor e essa criança não tem que dividir atenção com mais nenhum aluno. Numa classe, os alunos tem que esperar uns pelos outros, pode ter um atraso, aquele que pegou o assunto logo, tem que esperar o que não aprendeu. E o contrário também acontece, o que não aprendeu pode acabar sobrando por terem seguido o assunto sem ele entender”. O policial militar ainda disse que uma das vantagens é a flexibilização do horário, tanto para as crianças, quanto para os pais, que fariam os próprios horários de escolarização.

Cabo Rui admite que nem todos os pais estarão aptos para ensinar os filhos em casa, mas usa um exemplo que ficou marcado no cotidiano recente: “Durante a pandemia quem teve que ensinar os filhos dentro de casa? Pai e mãe. Alguns não se adaptaram, tudo bem, mas outros conseguiram e viram que as crianças aprenderam até mais”. Ainda lembrando a prática do EAD durante o isolamento social, Cabo Rui diz que o ensino em casa pode ser interativo: “O responsável pode usar um site, ou aplicativos, videoaulas e materiais didádicos, um filme”.

Onde surgiu o homescooling?

O ensino domiciliar era adotado antes da implantação das escolas no Brasil e no mundo. Contudo, não eram todos que tinham acesso a esse tipo de educação. De modo geral, era a elite quem tinha esse tipo de oportunidade. As escolas só se tornaram populares em meados do século XX. Entre os anos de 1960 e 1970, John Holt, professor da Universidade de Harvard, estabeleceu críticas às escolas, defendendo, pela primeira vez, a ideia de “desescolarização”. Na ocasião, Holt liderou um movimento internacional pela divulgação e legalização do ensino doméstico. Esse episódio é considerado um marco para o surgimento do homeschooling.

O ensino domiciliar ganhou visibilidade nas últimas décadas e vem sendo implantado em alguns países ao redor do mundo. Dados da Aned apontam que ele está presente em mais de 60 nações. Alguns países onde o homescooling é adotado e regulamentado são: Estados Unidos, Canadá, França, Espanha, Itália, Suíça, África do Sul, Japão e Austrália.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba