Anúncios publicados no site de vendas OLX, que vendiam objetos e relíquias do Hotel Tambaú, na Capital, foram excuídos da internet após reportagem do Polêmica Paraíba denunciar supostas irregularidades na negociação. Conforme apontou a notícia, produtos como talheres, copos, pratos e até algumas obras de arte estavam ao alcance de um clique, e por valores bem acessíveis.
A venda não estaria de acordo com decisões judiciais recentes. Após a repercussão da notícia publicada no Polêmica Paraíba, todos os anúncios de venda foram excluídas do site que hospedava as publicações. Em um dos anúncios, três freezeres eram vendidas por R$ 350. Outros objetos, a exemplo de quadros, eram vendidos a R$ 80.
Entenda
O Hotel Tambaú foi colocado a leilão para o pagamento de dívidas da massa falida da Rede Tropical de Hoteis, que originalmente pertencia à Varig. Com lance inicial de R$131,9 milhões, o empreendimento aguarda um novo dono. Enquanto o novo responsável por uma parte da história viva de João Pessoa não arremata o imóvel, uma família foi autorizada a morar no Hotel e ocupar alguns dos 173 apartamentos.
O juiz titular do leilão, Paulo Assed nomeou como administrador judicial interventor Marcelo Macedo. O administrador nomeado permitiu que a família de Edvan Araújo ocupasse provisoriamente o hotel. O nome do vendedor responsável pelo “Bazar do Hotel Tambaú” na página do OLX é Christiano Oliveira, que seria o genro de Edvan.
Segundo informações, essas pessoas receberam tal autorização para evitar a dilapidação do imóvel, mas aproveitaram a “estadia” para vender de móveis, a exemplo de eletrodomésticos, faqueiros, louças, quadros e outras obras de arte, o que não estaria de acordo com a decisão judicial, já que os valores apurados com a venda do leilão do imóvel deveriam ser revertidos em pagamento de dívidas trabalhistas.
A reportagem questionou o porquê de o espólio de um dos cartões postais da Capital está sendo reduzido a “itens de bazar”.
O bazar
Na página do OLX, os vendedores informavam que o “bazar do Hotel Tambaú” aceitava venda em cartões de crédito, mas não realizava entregas. Os interessados deveriam retirar os objetos no hotel ou fazer como a digital influencer Elora Fernandes, que pediu que um Uber buscasse as compras.
Elora, que tem mais de 23 mil seguidores no Instagram, chegou a publicar em suas redes sociais a realização da compra e avisou que os preços estão “ótimos”. O depoimento de Elora confirma que os bens do hotel estão sendo vendidos.
O espaço segue aberto para os responsáveis pelo bazar.
A seguir, prints dos anúncios excluídos do OLX.
https://www.polemicaparaiba.com.br/paraiba/ponto-turistico-virou-bazar-50-anos-de-historia-do-hotel-tambau-esta-sendo-dilapidado-e-espolio-e-vendido-em-pagina-da-olx-veja-videos/
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba