Chega ao 9º dia o protesto dos caminhoneiros na Paraíba e em outros estados do país. A categoria, que já conquistou as reivindicações solicitadas ao governo federal, diz que a greve não tem previsão de término.
Na grande João Pessoa, as manifestações se concentram na BR-101, próximo ao bairro Costa e Silva, e no Porto de Cabedelo. Ambas interdições estão sendo feitas parcialmente.
Em entrevista ao Portal T5, Marcos Antônio, presidente do Sindicato dos Motoristas e Ajudantes de Entrega do Estado da Paraíba (SINDMAE-PB), disse que por motivos de saúde está afastado das mobilizações. Representantes da categoria dizem que o movimento tomou caráter autônomo, sem representação sindical. “Somos nós mesmos caminhoneiros autônomos que estamos pedindo nossos direitos, sem representação. A greve vai continuar sem previsão para acabar”, disse o caminhoneiro Vagner Marques.
O caminhoneiro, que está concentrado na BR-101, na capital, também informou que os veículos com materiais essenciais não estão sendo parados. “Os caminhões com carga viva, material hospitalar e medicamentos estão passando normalmente. Ontem mesmo passou um caminhão com oxigênio para hospital, além do transporte de querosene para aeroporto”, contou.
Com a redução de combustível nos pontos de venda, serviços de transporte público, alimentação e gás de cozinha estão sendo prejudicados. Para esta terça-feira (29), o Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbanos de João Pessoa (Sintur-JP) informou que a frota de ônibus funcionará com 30% de redução. Segundo o gestor do órgão, a medida é preventiva. “Estaremos garantindo a operação por mais alguns dias, caso a mobilização e as paralisações não cheguem ao final”, disse Isaac Júnior.
Nesta terça, José Tavares Sobrinho, presidente da Empresa Paraibana de Abastecimento de Serviços Agrícolas (Empasa), disse que as mercadorias ainda estão chegando em pequena quantidade. “Recebemos hoje apenas 3 mil quilos de batata, normalmente, em dia de feira, recebemos mais de 200 mil quilos. Chegaram também apenas 5 mil quilos de tomate e 3 mil de cebola”, disse.
O estoque de gás de cozinha nos pontos de vendas está zerado, como informou o presidente do Sindicato dos Revendedores de Gás de Cozinha, Marcos Antônio Bezerra. “Não tem solução. O estoque não está sendo abastecido e acabou o gás”, disse. Em relação as denúncias de venda dos produtos com preços altos, Marcos contou que são boatos. “Muitos boatos estão se espalhando. Não tem nem gás, como estão sendo vendidos com preços altos?”, questionou.
Fonte: T5
Créditos: T5