O Governo da Paraíba enviou um ofício ao Itamaraty cobrando respostas em relação ao desaparecimento da paraibana Silvana Pilipenko, que foi contatada pela última vez há 16 dias. A mulher estava na cidade de Mariupol, uma das mais atingidas pelas invasões russas, quando perdeu contato com a família no Brasil.
Em resposta, o Itamaraty informou que está reunindo informações para dar andamento às buscas. A família de Silvana informou que, apesar da repercussão do desaparecimento já está sendo feita há quase uma semana, o Itamaraty ainda não fez nenhum contato direto.
Procurado pelo portal g1, o órgão responsável pela repatriação de brasileiros no exterior ainda não deu resposta até a última atualização desta matéria.
Conforme o Governo da Paraíba, através da Secretaria de Representação, cerca de 16 paraibanos entraram na Ucrânia entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022. Silvana Pilipenko é a única cuja família registrou desaparecimento.
O desaparecimento
O último contato de Silvana Pilipenko com a família foi no dia 3 de março, quando disse que a cidade estava começando a ser atacada e sofria com quedas de energia. Um vídeo com notícias foi enviado à família no dia 2 de março.
No vídeo, a paraibana disse que a cidade de Mariupol estava cercada e, por isso, não havia como sair de lá.
“A cidade está cercada pelas forças armadas, todas as saídas estão minadas, então é impossível tentar sair daqui nesse momento. Basicamente Mariupol faz fronteira com a Rússia, o país atacante, então não podemos seguir nessa direção. Se fôssemos para outra direção, no sentido Polônia ou Hungria, teríamos que atravessar todo o território, o que não seria viável diante das circunstâncias e da distância”, explicou.
Ela também alertou que a comunicação poderia ser dificultada pela falta de energia elétrica.
“Ontem a internet foi cortada, a energia também, então ficamos sem internet, sem energia, nossos celulares ficaram sem bateria, o computador também, o apartamento ficou sem aquecimento”, disse no vídeo datado de 2 de março.
Apesar das dificuldades, Silvana conseguia se comunicar todos os dias até 3 de março. Ela chegou a ligar para a família e, depois, não fez mais nenhum contato.
Fonte: Polêmica Paraíba com G1
Créditos: Polêmica Paraíba