Os funcionários da Caixa Econômica Federal aprovaram, na ultima quinta-feira (22), estado de greve. Nesta terça-feira (27) ocorrerá uma paralisação de 24 horas nas agências na Paraíba. Haverá reuniões nos locais de trabalho e protesto em agências estratégicas para dialogar com os empregados e a população.
De acordo com o Sindicato dos Bancários da Paraíba, no estado, 81,62% dos funcionários da Caixa aprovaram a deliberação na assembleia virtual. A mobilização tem como objetivo denunciar a venda de fatias do banco 100% público e o cenário caótico pelo qual vem passando os empregados. O estado de greve e a paralisação também foram deflagrados para cobrar melhores condições de trabalho e de atendimento à população, por meio de mais contratações, proteção contra a Covid-19 e vacinação prioritária para os empregados do banco.
“Depois dos profissionais da saúde, a categoria bancária foi o segmento da classe trabalhadora que mais se expôs ao contágio pelo coronavírus, principalmente os empregados da Caixa, devido à concentração do pagamento do auxílio emergencial somado ao de outros benefícios sociais. Além do risco de contaminação dos empregados e seus familiares, que não têm prioridade para a vacinação contra a Covid-19, ainda foram obrigados a cumprir metas absurdas, cobrir as lacunas pela falta de funcionários, tiveram parte da PLR social negada e ainda foram induzidos a adiantar parte de suas vantagens salariais para comprar ações da Caixa”, explicou o presidente da entidade, Lindonjhonson Almeida.
“Então, esse resultado era mais que esperado e os companheiros e companheiras da Caixa Econômica estão dispostos à luta em defesa da Caixa 100% Pública e por isso vão cruzar os braços na próxima terça-feira (27)”, completou. Os funcionários denunciam o mais novo alvo do governo Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes que é a Caixa Seguridade, que terá seu capital aberto na próxima quinta-feira (29).
Os recursos obtidos com a venda da Caixa Seguridade serão devolvidos ao Tesouro Nacional, por meio dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs). “Estas duas operações, somadas, podem acabar com a Caixa, uma vez que promoverá a descapitalização do banco e tirará uma das suas grandes fontes de receita”, explicou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.
“A cada ano vemos diminuir o número de empregados para atender a população, mesmo com o estrondoso aumento de clientes do banco, o que acarreta superlotação das agências e as filas gigantescas que vemos retratadas pela imprensa. O banco, não à toa, é tido como foco de proliferação da Covid-19”, disse a coordenadora da CEE/Caixa.
Para se protegerem e evitar o contágio destes clientes, os empregados pedem que a direção da Caixa negocie com o Governo Federal a prioridade no Plano Nacional de Imunização.
“Ou seja, não faltam motivos para os empregados se mobilizarem e paralisarem suas atividades em protesto, pois os ataques promovidos pela direção da Caixa e pelo Governo Federal prejudicam os funcionários, a população e o país, que corre o risco de perder o banco que atende a população nos momentos que ela mais precisa”, concluiu.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba