conscientização

Família precisa ‘entrar na linha’ para ajudar crianças no combate à obesidade

De acordo com um estudo desenvolvido pela Federação Mundial de Obesidade, a quantidade de pessoas entre cinco e 17 anos de idade que estão com sobrepeso deve ir de 220 para 268 milhões em menos de uma década.

Como resistir a uma barra de chocolate, um sorvete ou aquele sanduíche acompanhado de batata-frita e refrigerante? Para crianças esse é um desafio enorme! Porém, hábitos alimentares como este e outros costumes obtidos no dia a dia são os grandes responsáveis pelos números alarmantes de obesidade em crianças. De acordo com um estudo desenvolvido pela Federação Mundial de Obesidade, a quantidade de pessoas entre cinco e 17 anos de idade que estão com sobrepeso deve ir de 220 para 268 milhões em menos de uma década.

Nesta segunda-feira (3), data que marca o Dia da Conscientização Contra Obesidade Mórbida Infantil, a nutricionista clínica e funcional do Hapvida em João Pessoa, Tatiane de Queiroz, ressalta que pais e instituições de ensino são protagonistas para o combate da obesidade. “Os filhos se espelham nos pais e é importante que haja uma orientação para escolhas alimentares saudáveis. Além disso, a escola pode participar desse processo contribuindo com a promoção de palestras sobre a importância de comer melhor”, destaca, acrescentando que a família precisa mudar hábitos e ‘entrar na linha’ para auxiliar a criança a combater o sobrepreso.

Ainda de acordo com a pesquisa da Federação Mundial de Obesidade há uma projeção de que em menos de uma década cerca de 91 milhões de crianças serão obesas e 28 milhões de pequenos terão hipertensão, 39 milhões sofrerão com gordura no fígado e 4 milhões com diabetes do tipo 2. Diante destes dados, a nutricionista explica que “a obesidade é definida pelo excesso de gordura corporal e é tida como um grave problema de saúde pública, que vem acometendo em grande número a população infantil e uma vez instaurada na infância, a obesidade apresenta grandes chances de permanecer na fase adulta, acarretando problemas como síndrome metabólica, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares”.

Saída

Apesar de ser desafiador, a nutricionista Tatiane Queiroz evidencia que é possível combater a obesidade infantil. “Reduzir calorias, praticar exercícios e mudar comportamento alimentar são agentes do sucesso para combater a doença”, afirma.

Segundo destaca, o tratamento contra a obesidade é feito por meio de modificações nos hábitos alimentares e melhora do condicionamento físico. “Aqui vale destacar que não é só o da criança, mas de toda família, e esse é a melhor forma de contribuir para que a criança alcance um peso saudável”, reforça.

Causas

Segundo a especialista, o aumento dos casos de obesidade infantil está atrelado não somente a questão de maus hábitos alimentares, como o consumo excessivo de açúcar, mas há também a outros. “Inclinação genética, sedentarismo, distúrbios psicológicos, problemas de convivência familiar, entre outros podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade na fase da infância”, destaca.

Amamentação

Contribuir para a prática de bons hábitos alimentares e, consequentemente, auxiliar no combate à obesidade infantil é um papel que se inicia nos primeiros meses de vida do indivíduo, a partir da amamentação. Tatiane Queiroz esclarece que o bebê amamentado no peito aprende melhor a regular a saciedade. Já quando o adulto oferece fórmulas infantis há uma tendência de forçar a criança a esgotar o conteúdo da mamadeira, mesmo que ela não esteja mais com fome. Esse ato pode interferir no mecanismo inato de regulação de calorias ingeridas.

Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria