Francisco Matias Rolim nasceu no Sítio Melão, antigo Olho d’Agua, no município de Umari (CE) no dia 6 de dezembro de 1922, filho de Matias Duarte Passos e de Angelina Duarte Rolim.
Em 1932, junto com a família, transferiu-se para Cajazeiras (PB). Frequentou a escola até o segundo grau, dedicando-se ao comércio, à indústria e à agropecuária.
Ingressou na política em 1950, filiando-se ao Partido Social Democrático (PSD), em cuja legenda foi eleito vereador em Cajazeiras em outubro de 1958. Em 1960 tornou-se presidente da Câmara Municipal, cargo que ocupou até o final da legislatura. Em outubro de 1962 reelegeu-se vereador na mesma legenda.
Iniciou novo mandato em janeiro de 1963 e nesse mesmo ano desligou-se do PSD, filiando-se à União Democrática Nacional (UDN), em cuja legenda elegeu-se prefeito de Cajazeiras em 11 de agosto seguinte. Renunciando ao mandato de vereador, assumiu a prefeitura no dia 30 de novembro, em substituição a Otacílio Jurema. Como prefeito melhorou os serviços de telefonia e construiu escolas.
Com a extinção dos partidos políticos pelo Ato Institucional nº 2 , o governo unificou as datas das eleições municipais e, com isso, Chico Rolim, como ficou conhecido, teve o seu mandato prorrogado por 14 meses. Ele ficou na prefeitura até 31 de janeiro de 1969, quando passou o cargo a Epitácio Leite Rolim e afastou-se da política. No mês seguinte, vendeu algumas de suas propriedades em Cajazeiras e transferiu-se com toda a família para São Luís, no Maranhão, onde expandiu sua atividade comercial. Manteve, porém, seu domicílio eleitoral naquela cidade paraibana.
Em 1972, após dissuadir as lideranças políticas de Cajazeiras da tentativa de lançá-lo candidato a prefeito nas eleições daquele ano, Chico Rolim participou ativamente das articulações para a candidatura de Antônio Quirino de Moura, ex-diretor do colégio estadual, que acabou se elegendo.
Convencido pelas lideranças políticas locais e, principalmente, pela interferência do governador Ivan Bichara (1975-1978), retornou à Paraíba, embora mantendo negócios no Maranhão, e voltou a disputar a prefeitura de Cajazeiras, elegendo-se, em novembro de 1976, na legenda da Arena.
Com a extinção do bipartidarismo em novembro de 1979 e a consequente reorganização partidária, filiou-se, em 1980, ao Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Arena no apoio ao governo. Durante esse segundo mandato de prefeito, investiu nos serviços de saneamento básico, na saúde e na educação. Para enfrentar os efeitos da seca e contando com recursos mínimos dos interessados e máquinas da prefeitura, construiu cerca de 89 açudes para os produtores.
Com a suspensão das eleições de novembro desse ano para que houvesse coincidência de todos os mandatos do país, e a consequente prorrogação de todos os mandatos municipais que se encontravam em vigor, permaneceu à frente da prefeitura até janeiro de 1983, quando findou o seu mandato e passou o poder, pela segunda vez, a Epitácio Leite Rolim. Em 1986, desligando-se do PDS e filiando-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), concorreu a uma cadeira de deputado federal constituinte pela Paraíba, obtendo, contudo, apenas uma suplência.
Em 1988 desligou-se do PMDB e ingressou no Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em dezembro, o deputado federal Cássio Cunha Lima, que em novembro se elegera prefeito de Campina Grande (PB), renunciou ao mandato, e Francisco Rolim assumiu sua vaga na Câmara, no dia 3 de janeiro de 1989.
No ano seguinte Rolim deixou o PSB e filiou-se ao Partido Social Cristão (PSC), em cuja legenda concorreu a novo mandato em outubro de 1990, mas não conseguiu se eleger. Permaneceu na Câmara dos Deputados até janeiro do ano seguinte, quando se encerrou a legislatura. A partir de então passou a se dedicar ao comércio, à indústria e à agropecuária.
Chico Rolim foi casado com Teresa Augusta Rolim, com quem teve três filhos. Após ficar viúvo, voltou a casar com Raimunda e também enviuvar, em circunstâncias trágicas.
Publicou Do miolo do sertão; a história de Chico Rolim em 1988, com arranjo literário de Sebastião Moreira Duarte, que está em sua terceira edição.
Chico Rolim ainda tentou ser prefeito de Cajazeiras pela terceira vez em 1988, mas foi derrotado pelo médico Antônio Vituriano de Abreu. Também candidatou-se a vereador mas não obteve êxito.
Nos seus 90 anos, a Assembleia Legislativa da Paraíba e Câmara Municipal de Cajazeiras o homenagearam com a “Medalha Epitácio Pessoa” (a mais alta honraria do Poder Legislativo Estado) e a medalha de Honra ao Mérito, “João Bosco Braga Barreto” (concedido pelo Poder Legislativo cajazeirense). A sessão conjunta aconteceu no Cajazeiras Tênis Clube.
Após a sessão foi lançado a 3ª edição do livro “Do Miolo do Sertão, a História de Chico Rolim” escrito pelo professor doutor Sebastião Moreira Duarte.
Atualmente reside em Cajazeiras, no bairro Sol Nascente, na zona norte da sua linda Cajazeiras, que, com orgulho, foi um dos indutores do seu desenvolvimento.
Fonte: Polêmica Paraíba com Coisas de Cajazeiras
Créditos: Polêmica Paraíba com Coisas de Cajazeiras