Para o secretário municipal de Saúde de João Pessoa, Fábio Rocha, a realização das festas de réveillon na Capital como tradicionalmente são feitas, com aglomeração e atrações musicais no Busto de Tamandaré, seria uma “temeridade”, diante do atual cenário da pandemia da Covid-19.
Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta sexta-feira (26), Fábio Rocha falou também sobre a realização das festividades de carnaval, outro tema que está em discussão atualmente. Ele se mostrou prudente e disse que uma decisão sobre a realização ou não dos festejos carnavalescos poderia acontecer apenas em meados de janeiro. Em outro momento, Fábio cobrou a fiscalização do ‘passaporte da vacinação’.
“Em relação ao réveillon, atualmente acho que seria uma imprudência termos aglomeração aberta, sem controle de quem está vacinado ou não, sem testes necessários para quem não está vacinado. Seria uma temeridade”, disse.
“Em relação ao carnaval, eu acho que a gente tem que analisar a situação nos primeiros 20 dias de janeiro, para poder se pensar alguma coisa. Acho que a gente diante desse terrível vírus, diante das incertezas ainda existentes pela própria ciência, que não se conhece a doença como ela exatamente se comporta, a gente tem que ter prudência. Estou falando como médico”, continuou. O feriado de carnaval em 2022 acontece nos dias 28 de fevereiro e 1º de março.
Segundo Fábio, a decisão será feita após diálogos entre a equipe técnica da pasta com o prefeito da cidade, Cícero Lucena (PP), que tem se mostrado mais confiante na realização das duas festividades, e em reunião também com o Comitê Intergestores Bipartite (CIB).
Questionado sobre a proposta apresentada pelo prefeito Cícero de promover os festejos de fim de ano de maneira descentralizada, Fábio Rocha disse concordar com a ideia, desde que haja uma forma de ter um controle do público. “Se isso for tecnicamente possível, eu concordo inteiramente”.
Passaporte da Vacina
Fábio também falou que, em sua visão, o chamado passaporte da vacina deveria já estar em prática. Segundo o secretário, a fiscalização nesse quesito é “frouxa”. Ele também disse a procura por parte dos pessoenses para se vacinarem contra a Covid-19 tem aumentado.
“Com relação ao passaporte da vacina, está na hora do poder público impor isso. É onde você vai ter controle […]. Infelizmente os poderes de Brasília não se comportam como devem. Tanto o STF que tinha que intimar o governo federal sobre isso, e o governo federal tinha que obedecer”, se posicionou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba