O que o sobrenome Suassuna tem a ver com cultura e política há pelo menos mil anos? A obra do paraibano Raimundo Suassuna, pai do empresário e ex-senador Ney Suassuna, dá uma resposta simples para a questão: tudo. O livro “Os Suassunas, Genealogia de uma Estirpe Sertaneja” terá sua segunda edição lançada em João Pessoa, nesta quarta-feira (4). O autor da obra, já falecido, traçou uma cronologia que conta desde a origem da família na Idade Média, na Europa, até os dias de hoje. Raimundo, vale ressaltar, será o homenageado deste ano na festa realizada pela família, em Catolé do Rocha. No ano passado, quando houve homenagem a Ariano Suassuna, pelo menos 730 membros da família estiveram presentes.
Na festa deste ano, de acordo com Ney Suassuna, haverá novo lançamento do livro, desta vez para a família. Uma família que, aliás, é recheada de gente importante em todas as áreas. Ela é a junção de dois sobrenomes com grande influência nos estados de Pernambuco e Paraíba. Trata-se das famílias Cavalcanti e Albuquerque. Eles chegaram ao Brasil através de Pernambuco e se espalharam pelos estados vizinhos. De um rio que cortava a propriedade, em Jaboatão dos Guararapes, no estado vizinho, veio o título de nobreza do Visconde de Suassuna e, depois, do Barão de Suassuna. Findada a monarquia, parte da família adotou o Suassuna como sobrenome.
Daí, não faltam referências. Se vamos para a cultura, segundo o livro, a Paraíba produziu Ariano Suassuna. Mas na Idade Média, por exemplo, o italiano Guido Cavalcanti fundou uma escola de poesia. Ele era amigo Dante Alighieri e foi retratado na obra “O inferno de Dante”. Se vamos de política, temos o ex-senador Ney Suassuna, que também foi ministro durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT). Mas antes dele, houve o ex-governador João Suassuna, pai de Ariano, que também foi deputado federal pela Paraíba. Puxando pela história, o livro fala em 16 reis, um vice-rei e três santos.
A contabilidade para o registro leva em conta a genealogia dos Suassuna como continuidade dos Cavalcanti e Alquerque. Ney Suassuna explica que só com o sobrenome Suassuna há mais de 4 mil pessoas morando no Brasil. Ele lembra que há gente nos Estados Unidos e em outros países, também. Todas as pessoas que nasceram até o mês passado e ostentam o sobrenome estão citadas no livro. A contabilidade leva em conta tanto os mais famosos, quanto os mais humildes membros da linhagem. O livro, todo ilustrado, tem mais de 400 páginas. O lançamento da obra vai acontecer no Hotel Village.
Fonte: Blog Suetoni Souto Maior