O uso de terapia de reposição hormonal na pós-menopausa (acima de 50 anos) pode aumentar a possibilidade de se desenvolver câncer de mama. A informação é da mastologista do Hapvida em João Pessoa, Josivania Felipe Santiago, e vai ao encontro do maior estudo já realizado sobre o tema e que destaca que o risco de mulheres entre 50 e 69 anos desenvolverem câncer de mama é de 6,3%, mas entre as que usam terapia hormonal com estrogênio e progesterona por cinco anos têm o risco aumentado para 8,3%. O risco persiste em algum nível por pelo menos dez anos depois de o tratamento ser interrompido.
O estudo foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Oxford (Reino Unido) e analisou os dados de 110.000 mulheres, verificando a incidência de tumores em mulheres na menopausa que usavam tratamentos de reposição hormonal com as que não usavam. Os pesquisadores observaram que tratamentos realizados por até um ano não apresentam elevações significativas em relação ao risco.
A terapia de reposição hormonal é recomendada para aliviar os sintomas comuns da menopausa, quando a mulher tem redução da produção de estrogênio e progesterona nos ovários podendo causar a diminuição da massa óssea, insônia e ondas de calor repentinas. “Estudos já mostram que quanto maior o tempo de uso de terapia de reposição hormonal maior a chance de aparecer um câncer de mama, por isso, essa reposição precisa ser planejada e decidida com o especialista”, disse a mastologista.
“Cada mulher deve pesar os prós e os contras na decisão de tomar hormônios na pós-menopausa, auxiliada pelo seu médico. Não existem razões muito claras ainda para de evitar uso de hormônios. É uma questão ainda controversa. Bom conversar com o médico para tomar uma decisão em conjunto”, orienta Josivania.
Anticoncepcionais – A especialista também destaca que o uso de anticoncepcionais também eleva o risco de câncer de mama, mas explica que esse risco desaparece dez anos após parar de tomar as pílulas.
Dados – Todos os meses, 73 mulheres descobrem que têm câncer de mama na Paraíba. São 880 novos casos por ano no Estado, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Este mês – Outubro Rosa – é dedicado a chamar atenção para o diagnóstico precoce e tratamento do câncer de mama.
Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria de Imprensa