Em um momento que o mundo passa por uma crise na saúde, o ensino remoto foi a solução para as escolas não pararem sua atuação. Desafiador para os professores, para os alunos e os pais, esse novo método de ensino vem trazendo resultados positivos e negativos na educação infantil.
No mês de julho de 2020, aconteceu um Webinário com o tema, “Os desafios da educação infantil”, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), onde houve consenso de que essa etapa da educação básica enfrenta dificuldades para cumprir seus objetivos remotamente. E que as escolas precisam trabalhar para manter o vínculo com as famílias, principais aliadas, ainda mais em tempos de pandemia.
“A dificuldade em deixar suas atividades diárias e brincadeiras de casa, para se concentrar nas atividades da escola foi o que se tornou o maior desafio para mim e para o pai dele”, disse, Adriene Silva, mãe do Luiz Carlos Filho de 5 anos.
De acordo com a comerciante, Adriene Silva, desde o início da pandemia, a escola em que seu filho é matriculado, vem enviando os vídeos das aulas, e com isso precisaram se adaptar a uma nova rotina. “A escola costuma enviar vídeos das aulas e toda segunda-feira busco as atividades da semana que se inicia, e deixo as atividades feitas na semana anterior”, disse.
Diferentemente da dinâmica em sala de aula, a mãe do Luiz Carlos Filho é quem faz as explicações do conteúdo das aulas, pois a criança não consegue prestar atenção nos vídeos, o que o levou a ter um baixo rendimento escolar, no ano de 2020. “ Ele teve um baixo rendimento. Pelo fato dele não prestar atenção nas aulas, eu que tenho que fazer as explicações. Porém não consigo passar de forma didática para que ele consiga aprender”, acrescentou, Adriene.
O pai, Luiz Carlos Silva, passa o dia inteiro no trabalho, e com isso não tem muito tempo para contribuir com o ensino. Além de cuidar do seu comércio e de casa, Adriene também é estudante e com isso vê dificuldade em tempo disponível para ensiná-lo. “Como também sou estudante, minhas aulas estão on-line, e também tenho outras atividades. E isso reduz o tempo disponível para ensina-lo. Dificultando ainda mais o seu aprendizado.
Adriene também aponta dificuldade no ensino, pois muitas atividades dos livros são para ser feitas em sala com outras crianças. E isso acaba sendo mais difícil, pois não tem outras crianças para fazer as dinâmicas.
Como em 2020 foi o primeiro ano escolar de Luiz Filho, ele não sentiu diferença pois, frequentou apenas 2 meses de aula presencial. E agora no início de 2021, ele voltou a frequentar a escola, seguindo todos os protocolos e utilizando máscara. Mas com o aumento no número de casos no estado, ele teve que retomar o ensino remoto.
Fonte: Adriany Santos
Créditos: Adriany Santos