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Endometriose e gravidez: especialista alerta que problema pode gerar infertilidade e levar de 7 a 10 anos para diagnóstico

A médica ginecologista do Hapvida João Pessoa, especialista em endometriose, Carolina Bandeira Domiciano, fala mais sobre a patologia que demora cerca de 7 a 10 anos para ser diagnosticada. “Os implantes de endométrio podem atingir ovários, trompas, intestino e espalhar-se por toda pelve ou até mesmo lugares mais distantes como o diafragma”, esclarece.

Uma doença que atinge cerca de 10 milhões de mulheres em idade fértil no Brasil e que gera incapacidade de gravidez em 50% delas. Trata-se da endometriose, uma patologia que se caracteriza pela presença do endométrio (camada que recobre internamente a cavidade uterina).

A médica ginecologista do Hapvida João Pessoa, especialista em endometriose, Carolina Bandeira Domiciano, fala mais sobre a patologia que demora cerca de 7 a 10 anos para ser diagnosticada. “Os implantes de endométrio podem atingir ovários, trompas, intestino e espalhar-se por toda pelve ou até mesmo lugares mais distantes como o diafragma”, esclarece.

Um dos sintomas da endometriose é a cólica, porém, ocorrem de forma mais intensa e tem caráter progressivo, se tornando maior e mais incapacitante no decorrer dos anos. Outro sintoma é a dor pélvica crônica e a infertilidade. Segundo Carolina Bandeira a endometriose prejudica a gravidez “pela presença de aderências pélvicas, resultando danos às tubas uterinas e até mesmo pelo processo inflamatório que a doença desencadeia, resultando na dificuldade de implantação embrionária”, afirma.

A médica esclarece que existe tratamento para os casos de endometriose e que este se dá por meio de história clínica do paciente, exame físico e pode ser complementado com ultrassonografias e ressonância magnética. Apesar de possuir tratamento não é garantido que a mulher conseguirá engravidar. “Tudo vai depender da morfologia da pelve, do dano anatômico e funcional que a doença causou e cada caso deve ser individualizado”, explica a ginecologista.

Apesar de existir tratamento e possibilidade de mulheres engravidarem após o tratamento também é sabido que a gravidez pode ser de risco. “Existem estudos que associam a endometriose com algum grau de acretismo placentário”, disse Carolina Bandeira, explicando que o problema se constitui de uma complicação obstétrica grave, quando a placenta tem facilidade de se desprender da parede uterina, causando risco de hemorragia.

Por fim, a ginecologista alerta que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado com o especialista se mostra de grande importância para que sejam reduzidos os impactos na vida da mulher.

Fonte: Múltipla Comunicação
Créditos: Assessoria de Imprensa