A bancada paraibana de senadores, deputados, coordenadores nacionais do DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra a Seca) e o diretor geral do DNOCS, Angelo José de Negreiros Guerra. Todos estarão presentes em João Pessoa no I Encontro de Coordenadores Estaduais do órgão, que será realizado nesta quinta-feira (05) e sexta-feira (06) no Hotel VerdeGreen. Foram confirmadas as presenças dos senadores José Maranhão (PMDB), Raimundo Lira (PMDB) e dos deputados da bancada federal e estadual. O senador Cássio Cunha Lima (PSDB) afirmou que não poderia estar presente, mas talvez passasse rapidamente. Na pauta mais verba para o órgão e o seu fortalecimento político.
Os parlamentares devem comparecer ao evento na sexta. Nesta quinta se reúnem os coordenadores nacionais do DNOCS dos nove estados que compõem o semiárido brasileiro.
No encontro, o senador José Maranhão (PMDB) irá defender o fortalecimento do DNOCS. Segundo o senador, a intenção do grupo é dar nova visibilidade ao DNOCS, que anda esvaziado na sua estrutura e evitar qualquer “mexida” que traga mais dificuldades para o órgão. “No Nordeste qualquer mexida que for dada (no DNOCS) terá que ser no sentido de fortalecer, de restabelecer, o papel do DNOCS que historicamente sempre foi o papel de liderança e condução dos processos das políticas de recursos hídricos e de preparação da região para enfrentar o fenômeno da seca”, argumenta Maranhão.
Maranhão ressalta que falta empenho para lidar com a seca. “O que tem faltado no Brasil é competência e uma política permanente de preparação da região para enfrentar os fenômenos climáticos”.
O senador lembra que antes o órgão teve poderes, recursos e tecnologia para cumprir o papel de construção de uma estrutura capaz de resistir aos fenômenos da seca. “Já que a gente não pode evitar que a seca ocorra, evitam-se os efeitos, fortalece-se a estrutura para que esses efeitos não sejam tão danosos, sobretudo na vida das pessoas”, frisa. Vale ressaltar que o DNOCS foi responsável pela construção dos maiores açudes da região e até hoje os gerencia.
“Mas depois com a criação da SUDENE, o DNOCS foi completamente esvaziado, então, por isso, se houver alguma mexida, tem que ser no sentido de restabelecer as funções e atribuições que o DNOCS sempre teve historicamente no papel de preparar a região para o enfrentamento dos problemas climáticos. Se isso for feito, evidentemente, que ninguém tem mais experiência e mais expertise do que o DNOCS. Toda obra de açudagem, de irrigação, que conhecemos no nordeste foi elaborada, foi trabalhada pelos técnicos e pelos recursos matérias que à época o DNOCS tinha, mas hoje não tem mais”, garante.
Carta de João Pessoa
Ao final do encontro será lançada a Carta de João Pessoa que deve reivindicar maior orçamento e força ao órgão. No entender de Maranhão, o encontro é fundamental no momento em que o estado está vivendo numa crise de seca que já dura seis anos. A seca atinge principalmente o semiárido. “Os reservatórios ou estão secos, vazios, ou estão com pouquíssimas águas e não é suficiente para atravessar o período do verão. Então é importante que toda essa problemática dos recursos hídricos seja discutido com a sociedade e especialmente em nível dos técnicos que são os responsáveis pelo abastecimento de água pelo nosso estado e do nordeste”, finalizou o senador.
Créditos: Paulo Maia – MAis PB