A Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) está se preparando para implantar um projeto de reciclagem de plástico, na cidade de João Pessoa, para incentivar a consciência ambiental e sustentável na população. No início dessa semana, o superintendente Ricardo Veloso e o superintendente executivo Igo Morais fizeram uma reunião online com o engenheiro canadense e idealizador do projeto, Arian Rayegani, que fabrica skates feitos com tampinhas de garrafa PET. O projeto surgiu na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro.
Ricardo Veloso se mostrou interessado no projeto de reaproveitamento de plásticos, destacando a possibilidade de produção de bancos de praças a partir de plástico reciclado.
“A partir desta conversa inicial, solicitamos de Arian Rayegani a elaboração de um projeto para ser realizado em João Pessoa, envolvendo também as associações de coleta seletiva que são apoiadas pela Emlur, além de outras secretarias municipais. Nosso objetivo é ampliar a consciência ambiental das pessoas sobre o consumo e o descarte de plástico”, comenta Ricardo Veloso.
O superintendente executivo, Igo Morais, avaliou como muito importante a produção de skates, o que, segundo ele, poderia ser realizado em parceria com a secretaria de Juventude, Esporte e Recreação. “A Emlur tem o compromisso com a sustentabilidade, então, entendemos que esse tipo de iniciativa pode gerar frutos muito positivos”, afirma.
Fabricação de skates – O engenheiro Arian Rayegani teve a ideia de fabricar skates feitos com materiais plásticos nos tempos de estudante de engenharia mecânica. Ele afirma que, ao vir morar no Brasil e se mudar para a comunidade da Rocinha, decidiu colocar a ideia em prática. Para isto, ele teve o apoio de organizações sociais.
“As pessoas recebem cestas básicas e doam os plásticos às organizações, que me repassam os materiais. Os skates são produzidos com tampinhas de garrafa PET. A produção é recente, conta com quatro meses, apenas, depois de uma série de testes. Para mim, será um bom desafio expandir esse trabalho para outras cidades”, conta o canadense.
Para produzir cada skate, é necessária a quantidade de 1,5 kg de tampinhas de garrafas PET, o que corresponde aproximadamente a 500 unidades. O skate suporta o usuário com até 115 kg e é vendido por valores de R$ 250 a R$ 450.
O produto é feito com a utilização de um triturador, forno, prensa mecânica e um molde. O eixo e as rodas são comprados no mercado de produção de skates convencionais. “Meus clientes estão na faixa de 20 a 30 anos e são pessoas que costumam comprar produtos sustentáveis”, afirma Arian Rayegani.
Fonte: ASSESSORIA
Créditos: Polêmica Paraíba