Nos primeiros dez dias de agosto, 610 pacientes foram atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de João Pessoa com quadro de diarreia aguda. O número é 40% maior ao registrado no mesmo período do mês de julho. Esse sintoma pode indicar diversas doenças como: intoxicação alimentar, síndrome do intestino irritável e até mesmo doença celíaca.
O distúrbio do aparelho digestivo, a diarreia, pode ser definido como a ocorrência de três ou mais evacuações de fezes com consistência líquida ou aquosa em um período de 24 horas, e pode ser resultado de vários fatores.
Segundo a gastroenterologista Marília Marques, médica do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB), apesar de serem comuns, tais manifestações exigem atenção, pois contribuem para os elevados índices de morbimortalidade infantil. O maior risco de ocorrência de diarreias se dá em crianças menores de 6 meses de idade e desnutridas, assim como na população idosa, que apresenta grande vulnerabilidade.
Por isso, a médica enfatiza que é importante estar alerta aos extremos de idade (crianças e idosos) e outros sinais, que são: febre, diarreia prolongada (maior que sete dias), desidratação, presença de sangue ou muco nas fezes, número elevado de evacuações diárias (de seis a dez vezes ao dia). “Em todos os casos, é necessária uma avaliação médica para o correto diagnóstico, estabelecer a causa do distúrbio e proceder às orientações de tratamento pertinentes a cada caso”, orienta a gastroenterologista.
Marília Marques esclarece que diferentes fatores provocam diarreias, como: alterações na motilidade do intestino (contrações intestinais exageradas), presença de substâncias que não são completamente absorvidas e atraem água do organismo para dentro do intestino, presença de inflamação na mucosa intestinal, infecções ou desequilíbrio da microbiota intestinal. “Certos alimentos podem atuar em alguns desses aspectos e promover o surgimento de diarreia”, afirma.
Fonte: Portal T5
Créditos: Polêmica Paraíba