Crise da pandemia

AÇÕES COORDENADAS: OMS pede que ministro Queiroga alinhe posição com estados e ouça ciência

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou um recado ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pediu que o Governo Federal alinhe sua posição com a política dos governos estaduais, criando uma resposta "coerente e coesa" para frear a pandemia da covid-19.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou um recado ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pediu que o Governo Federal alinhe sua posição com a política dos governos estaduais, criando uma resposta “coerente e coesa” para frear a pandemia da covid-19. A agência também faz um apelo para que o novo ministro ouça a ciência. A informação foi repercutida pela imprensa nacional.

Nesta segunda-feira (22), em sua coletiva de imprensa em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, voltou a qualificar a crise brasileira como “muito preocupante” e apontou que não há qualquer sinal de que o país seja um exemplo positivo. Ele destacou como, em um mês, o número de mortes dobrou no país. Entre 15 de fevereiro e 15 de março, a taxa passa de 7 mil por semana para 15 mil. “Isso é um salto enorme”, declarou.

“O número de mortes aumenta. O número de casos aumenta. O Brasil precisa levar isso a sério”, disse. “Tanto o governo como o povo”, insistiu. Tedros pediu que o país faça um “esforço coordenado” para sair da crise e aponta que apenas com todos os atores é que Brasil vai conseguir reverter a tendência de alta.

O que preocupa a OMS é que os números “continuam a aumentar rapidamente e se aceleram”. “Estamos preocupados com mortes”, disse Tedros, que congratulou o novo ministro e estendeu um sinal de que quer trabalhar com o governo brasileiro.

Mariangela Simão, vice-diretora da OMS, também apontou para a necessidade de que haja uma coordenação entre os diferentes níveis de governo no Brasil. “Ao ministro Marcelo Queiroga, desejamos muita competência e firmeza no enorme desafio que tem hoje o Brasil”, disse.

“A mensagem extremante importante – e que ele já se posicionou – é que políticas de saúde sejam baseadas em evidências cientificas”, afirmou.

“E que as políticas de saúde sejam alinhadas com as três esferas de governo”, disse a vice-diretora. “Isso é extremamente importante num momento em que o Brasil enfrenta um perfil mais homogêneo da epidemia”, explicou.

Fonte: Polêmica Paraíba com UOL
Créditos: Polêmica Paraíba com UOL