Antônio Inácio da Silva Neto, dono da Braiscompany, informou nesta terça-feira (07), que logo mais, às 20:30h fará uma live em suas redes sociais, o empresário não deu mais informações sobre o conteúdo da live, mas provavelmente deve falar sobre o imbróglio envolvendo a empresa.
A crise que atinge a financeira com sede em Campina Grande se agravou nos últimos dias e já é notícia na imprensa nacional. Segundo o jornal ‘O Globo’, o ‘calote’ da empresa pode chegar a R$ 600 milhões.
O esquema da BraisCompany consiste em alugar bitcoins dos clientes, que ficam custodiados em carteira gerida pela empresa, em troca de rendimentos mensais de 8% a 10%. Quando os atrasos começaram, no dia 20 de dezembro, Neto alegou que a Binance, a maior corretora de bitcoins do mundo, havia suspendido as operações da BraisCompany por problemas com outra empresa brasileira. Prometeu restabelecer os pagamentos em 72 horas, mas os atrasos se ampliaram até a suspensão em definitivo dos créditos.
O Ministério Público da Paraíba (MP-PB) anunciou a instauração de procedimento para apurar o calote. Caberá ao promotor de Justiça Sócrates da Costa Agra, diretor-regional do MP-Procon em Campina Grande, decidir nos próximos dias se ingressa na Justiça com uma ação civil pública contra Neto, pedindo reparação do dano coletivo. O promotor, após tentar sem sucesso levar a empresa a uma audiência de conciliação, está convencido de que a BraisCompany prestou “defesa evasiva”.
Em 2020, a Polícia Federal (PF) abriu um inquérito na delegacia de Campina Grande, a cargo do delegado Carlos André Gastão de Araújo, para avaliar a regularidade e viabilidade econômica do funcionamento da empresa. O Ministério Público Federal (MPF), que atua no caso, informou que por ora não iria se pronunciar sobre o caso.
Enquanto as autoridades decidem o que fazer, advogados contratados pelos clientes promovem uma investigação paralela. Larissa Gatto, que representa 22 clientes, disse que a conta da BrainsCompany na Bicance está zerada. Nos últimos 35 dias, segundo Larissa, foram retirados em bitcoins o valor correspondente a R$ 30 milhões. Ela também constatou que, desde que a carteira foi aberta, em 2018, passaram por ela R$ 870 milhões, sendo a última movimentação registrada no dia 19 de janeiro.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba