Elizabeth Teixeira enfrentou a família de pequenos proprietários ao se casar com João Pedro Teixeira, trabalhador sem terra e negro. Ao lado dele, militou nas Ligas Camponesas na Paraíba. Em 1962, após o assassinato do companheiro, assumiu a liderança da organização no município de Sapé. Em diversas ocasiões foi presa. Numa de suas voltas para casa, descobriu que a filha mais velha, Marluce, havia cometido suicídio, acreditando que a mãe havia sofrido o mesmo destino que o pai.
Com o golpe militar de 1964, teve que passar para a clandestinidade, adotando o nome de Marta Maria Costa e se refugiou em São Rafael-RN, com o filho Carlos.
Permaneceu clandestina até 1981, quando foi encontrada pelo cineasta Eduardo Coutinho, que retomara as filmagens de seu documentário Cabra Marcado para Morrer. Foi morar em João Pessoa, numa casa que ganhou de Coutinho.
Foi homenageada com o Diploma Bertha Lutz e a Medalha Epitácio Pessoa.
A casa onde viveu com João Pedro, em Sapé, foi tombada e destinada a abrigar o Memorial das Ligas Camponesas, em 2011.
Foi companheira do líder das Ligas Camponesas João Pedro Teixeira, com quem se casou à revelia de seu pai, fazendeiro e comerciante. Junto com o marido, atuou na luta pela terra no Estado, na Liga Camponesa da Paraíba.
Presa várias vezes, perseguida pela ditadura e por jagunços, teve que ir para a clandestinidade após o assassinato do marido, João Pedro Teixeira, em 1962.
Após a morte de João Pedro, ela assumiu a presidência da Liga Camponesa de Sapé e depois a Liga no Estado. Elizabeth não se curvou às ameaças dos latifundiários e deu continuidade à luta por trabalho digno, reforma agrária e justiça no campo.
Fonte: Radar Sertanejo
Créditos: Polêmica Paraíba