A eleição para o reitorado se aproxima. Dia 26 será escolhido o novo gestor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). O professor Isac Medeiros, que encabeça a Chapa 1, ‘UFPB em primeiro lugar’, foi o entrevistado desta semana. O candidato, que tem como vice a professora Regina Celi, apresentou suas propostas e falou sobre as novidades que envolvem esta campanha.
Muitas coisas mudaram nas eleições para reitoria deste ano, uma dessas mudanças foi em relação ao voto, que não será igualitário entre professores, servidores e alunos. O voto dos professores representará 70% da votação, enquanto técnicos-administrativos e alunos, 15% cada.
Três chapas vão concorrer aos cargos de reitor e vice-reitor da UFPB
Questionado sobre a paridade, que diz respeito ao peso do voto de docentes, técnico-administrativos e estudantes, na consulta eleitoral, o candidato afirmou que o assunto deve ser tratado sob três ângulos de análise.
“O tema da paridade e da proporcionalidade dos votos dos segmentos que compõem a comunidade universitária, fonte do poder de escolha dos dirigentes da UFPB, deve ser tratado sob três ângulos de análise: o da democracia, o da justiça e o da legalidade. Portanto, sob esses três ângulos analíticos podemos afirmar que a adoção pelo Consuni da proporcionalidade dos votos não é democrática, pois aprofunda as assimetrias políticas e, em última instância, pode ampliar a abstenção de setores importantes nas dinâmicas da universidade. A proporcionalidade não é justa, considerando que provoca a perda de poder e distancia essas categorias da comunidade universitária dos processos decisórios.”
Ainda sobre o assunto do voto paritário, o professor Isac afirmou, que o resultado dessa mudança será avaliado, após todo o processo de eleição.
“A positividade e o alcance dessa deliberação do Consuni somente poderá ser avaliada após a conclusão e o encerramento total do processo de consulta à comunidade universitária, quando teremos a oportunidade de avaliarmos todos os elementos e fluxos políticos envolvidos e presentes neste processo. ”
UFPB inscreve em 39 cursos e eventos on-line até este domingo; confira
Além da mudança no peso dos votos, o modelo de eleição também foi modificado, sendo agora todo processo virtual, em relação a isso o candidato mostrou seu ponto de vista.
“A adoção da modalidade virtual para conduzir o processo de consulta em todas as suas etapas é uma novidade para todas as universidades. Essa novidade, entretanto, apresenta algumas virtudes que levam a crer na possibilidade de se adotar a modalidade remota para as futuras escolhas, em todas as instâncias, de dirigentes universitários. Dentre essas virtudes destaco a abrangência e repercussão das propostas apresentadas à comunidade universitária, a possibilidade de debater virtualmente com um maior número de pessoas, a redução dos custos de campanha, considerando material de divulgação de propostas, deslocamentos de candidatos e apoiadores e, por fim, a adequação da campanha aos horários de maior interesse da comunidade. Acredito que essa experiência forçada pela pandemia da Covid-19 será absorvida pelas universidades, pelas razões apresentadas e pelas facilidades que as tecnologias da informação podem oferecer às nossas instituições. O tempo nos dirá.”
Propostas
A chapa ‘UFPB em primeiro lugar’, encabeçada pelo professor Isac Medeiros, ao lado de sua vice Regina Celi, apresentou as propostas da candidatura, mostrando o diferencial da campanha, que para eles é o conhecimento, competência e compromisso.
“Nossa candidatura é fruto do desejo e das deliberações de um coletivo de pessoas de todos os segmentos da UFPB. Isto diz muito, considerando que na maioria das vezes o que se vê é o lançamento de candidatos sem nenhuma representatividade e em nome das suas ambições pessoais. As pessoas que consagraram meu nome e da professora Regina Celi para representá-las esperam de nós a dedicação e o empenho em tornar a nossa Universidade cada vez mais de excelência e sendo referência para as demais. ”
“Nossa diferença em relação às demais candidaturas é que queremos uma Universidade de excelência, dinâmica, atuante e protagonista em todas as áreas em que atuam os nossos docentes, os nossos técnico-administrativos e nossos estudantes. Para isso, entretanto, não basta vontade e desejo, é necessário que os novos dirigentes da UFPB tenham conhecimento, competência e compromisso. Isto somente a candidatura “UFPB em primeiro lugar”. A essas qualidades se somam nossa experiência e trânsito em todas as esferas administrativas e decisórias da educação superior no Brasil. Tudo isso foi mostrado e discutido com a comunidade da UFPB que saberá escolher, no dia 26 de agosto, o melhor para nossa instituição. ”
Histórico
Isac Almeida de Medeiros, possui graduação em Farmácia pela Universidade Federal da Paraíba (1986), Mestrado em Pharmacologie Des Médicaments Cardiovasculaires – Universite Claude Bernard Lyon I (1990) e doutorado em Pharmacologie Des Médicaments Cardiovasculaires – Universite Claude Bernard Lyon I (1993). Atualmente é Professor Titular e exerce o cargo de Pró-Reitor de Pesquisa da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de Farmacologia, com ênfase em Farmacologia Cardiovascular, atuando principalmente nos seguintes temas: pressão arterial e frequência cardíaca, vasodilatação, artérias pulmonar, aorta e mesentérica isoladas de rato, óxido nítrico, cálcio e outros mecanismos de sinalização celular.
Regina Celi Mendes, possui doutorado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (2005), é professora do Departamento de Língua e Linguística (DLPL), do Programa de Pós-graduação em Linguística (PROLING) e do Mestrado Profissional Linguística e Ensino (MPLE) da Universidade Federal da Paraíba. Foi coordenadora do PROLING de 2009 a 2012, onde desenvolve pesquisas vinculadas à Linguística Aplicada com ênfase nos seguintes temas: gêneros, letramentos, escrita, formação docente e processos de ensino-aprendizagem de produção textual. Foi conselheira da Associação Nacional de Letras e Linguística (ANPOLL), quadriênio 2012-2016. É editora da Revista Prolíngua e coordenadora da sede da Cátedra UNESCO em Leitura e Escritura no Brasil. Desenvolve projetos de acompanhamento aos professores de língua portuguesa da rede pública e tem atuado em cursos de formação desses profissionais.É líder do grupo Ateliê de Textos Acadêmicos ATA/CNPq/UFPB e uma das líderes do grupo de pesquisa GELIT/CNPq/UFPB (Grupo de Estudos em Letramentos, Interação e Trabalho), integrante do GT de Gêneros textuais/discursivos e membro do grupo ALTER-PUC/SP.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba