O subprocurador-geral da República, Eitel Santiago de Brito Pereira, vai trocar a carreira no Ministério Público Federal pela política. Ele protocolou o pedido de aposentadoria no início deste mês e espera para a próxima semana o deferimento do pleito. O membro do MPF foi candidato ao cargo de Procurador-Geral da República no semestre passado, na disputa que conduziu Raquel Dodge ao cargo antes ocupado por Rodrigo Janot. Ouvido pelo blog, o vice-presidente da Câmara de João Pessoa e filho do subprocurador, Lucas de Brito, se disse ansioso pela chegada do pai para reforçar o projeto político do PSL (Livres) para as eleições do ano que vem.
Vários cenários estão sendo avaliados pela família. Uma das possibilidades é a de que Eitel Santiago dispute o cargo de deputado federal. Neste caso, faria dobradinha com Lucas de Brito, que pretende disputar vaga na Assembleia Legislativa. Uma outra possibilidade avaliada é a de que ele coloque o nome à disposição para um cargo majoritário, visando os espaços a serem criados pelas oposições para o pleito de 2018. “Ele poderá jogar em várias posições. Tem nome e história para agregar”, ressaltou Brito. Lucas, vale ressaltar, assumiu recentemente a direção estadual do PSL na Paraíba, ocupando o lugar do deputado estadual Tião Gomes (sem partido).
Caso confirme a pretensão eleitoral, será a segunda incursão de Eitel Santiago por uma disputa partidária. Ele foi candidato a deputado federal em 1994, mas não obteve sucesso nas urnas. Durante o segundo mandato do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB), atuou no cargo de secretário de Segurança e Defesa Social. O subprocurador só deixou a vaga depois da cassação do mandato do tucano por conduta vedada, em 2009. De lá para cá, tem se dedicado exclusivamente à carreira no Ministério Público Federal. Lucas de Brito ressaltou, também, que o pai será incorporado ao escritório de advocacia da família, em João Pessoa.
Ministério Público
Como subprocuador-geral da República, Eitel Santiago proferiu um parecer polêmico nesta quarta-feira (27). Ele opinou pela conversão da prisão preventiva do prefeito afastado de Bayeux, Berg Lima (sem partido), em medidas cautelares. O gestor foi flagrado em vídeo, no dia 5 de julho deste ano, em conversa com um empresário na qual cobrava propina para liberar pagamentos por produtos fornecidos à prefeitura. Berg foi preso em flagrante durante operação desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, em parceria com a Polícia Civil. Desde então, ele está preso no 5° Batalhão da Polícia Militar.
Fonte: Jornal da paraíba