O vereador Marcos Henriques (PT) lamentou, neste sábado (18), decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu a legitimidade jurídica dos acordos trabalhistas individuais, durante a crise do coronvírus, em detrimento dos acordos celebrados por convenção coletiva. Ele chamou de ‘insensato’ o deputado federal Efraim Filho (DEM), que apoiou a medida: “Demonstrou total falta de compromisso com a classe trabalhadora”, disse.
A crítica ao deputado Efraim Morais Filho, segundo ele, se deu após o parlamentar ter postado comemoração à decisão adotada pelo STF, em apoio as negociações trabalhistas individuais. “O deputado sempre agiu dessa forma, sempre em defesa do Capital e sempre para prejudicar a classe trabalhadora, nuca trabalhou, não conhece o valor do trabalho”, disse.
De acordo com Marcos Henriques a decisão que reconhece o texto da Medida Provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro, coloca em xeque direitos da classe trabalhadora e, ao mesmo tempo, ataca a legitimidade da organização sindical. Ele questionou a natureza de uma negociação trabalhista em que o patrão propõe a redução da carga horária e do salário ao trabalhador e este, por sua vez, tem que escolher entre aceitar a proposta do empregador ou correr o risco de ser demitido. “É injusto e desumano”, disse o vereador em resposta.
Para Marcos Henriques, quem mais está sofrendo e quem mais tem perdido com a sucessão de crises é a classe trabalhadora, referindo-se às reformas empreendidas pelo ex-presidente Michel Temer e, agora, pelo atual presidente Jair Bolsonaro. “Bolsonaro libera bilhões para os banqueiros, se compromete com 100% do pagamento dos serviços da dívida pública durante a pandemia, parte em socorro das empresas com uma velocidade invejável, mas quando o assunto é apoiar os mais pobres e fortalecer os direitos dos trabalhadores, aí ele corre como o diabo corre da cruz”, disse o vereador, ironizando as posições assumidas pelo presidente.
Ontem o vereador Marcos Henriques realizou uma live com a participação de um economista do DIEESE para debater os efeitos da pandemia do coronavírus sobre o mundo do trabalho e sobre a economia popular, momento em que ambos defenderam propostas para proteção social da classe trabalhadora, dos desempregados e da população vulnerável. Eles elogiaram ideias do ex-presidente Lula, como a defesa de medidas econômicas de expansão da oferta de moeda e da secundarizarão do equilíbrio fiscal.
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria