Um grupo de mulheres se reuniu na tarde da última sexta-feira, 16, em João Pessoa, para tratarem da pauta da advocacia feminina no estado. Cerca de 70 mulheres participaram do encontro, no qual abordaram temas relacionados aos obstáculos vivenciados como mulheres nos mais diversos espaços, como situações de exclusão e opressão na política de Ordem.
O grupo intitulado “Nós somos nós e juntas somos mais” foi criado, de forma espontânea, com o objetivo de debater o atual contexto da participação da mulher advogada na política de Ordem da OAB Paraíba e criar mecanismos que impeça que a força feminina seja utilizada como trampolim para eleições majoritárias, mas que depois excluem as mulheres e desqualifica a força feminina.
Durante o encontro, foi explanada a necessidade de união entre as mulheres e de uma participação ativa desse coletivo na política de ordem, para que dessa forma seja garantida a participação concreta das advogadas na Ordem. Também foi debatido durante o encontro a prática comum de utilização das advogadas nas chapas apenas para atraírem a maioria de um eleitorado feminino, mas depois é retirada a sua efetiva autonomia no exercício dos cargos de decisão para os quais foram eleitas.
“O grupo, denominado “Nós somos nós e juntas somos mais”, também tem o foco de fortalecer a atuação das advogadas nos mais diversos espaços, gerando um ambiente de e trocas e de acolhimento”, afirmou Izabelle Ramalho.
Já a vice-presidente da OAB-PB, Rafaella Brandão, disse que “o jardim floresceu, rosas brancas desabrocharam, é a primavera que mostra a sua beleza e a sua força!”, fazendo referência a força da advocacia feminina.
A professora e advogada Susana Araújo reformou reforçou a importância da união da advocacia feminina. Existe um força extraordinária na união quando se tem um mesmo proposito”, afirmou a professora.
A advogada Anna Carla Lopes, afirmou que durante vários anos, acompanhou a política de ordem influenciada por mãe Fátima Lopes, mas sempre apoiando homens como candidatos à presidência. “Acredito que as mulheres também podem ocupara a cabeça de chapa. Hoje, percebo que o projeto precisa ser construído por nós mulheres em favor de uma coletividade. Quem deve sentar na mesa pra compor chapas, pra escolher e nortear a política de ordem somos nós, através da escuta e acolhimento de tantas outras que anseiam fazer parte dessa caminhada”, declarou a advogada.
Por sua vez, a advogada Mislene Santos declarou que é preciso quebrar com a corrente transmissora da misoginia, do machismo e do patriarcalismo na política de Ordem da Paraíba, “que desqualifica a mulher advogada que ousa a romper com o ciclo da opressão, que tenta a todo custo invisibilisar as mulheres nos espaços de poder, mas por outro lado se utilizada dessa mesma força invisibilisada para alcançar seus objetivos, ou seja, o poder”. pontou Mislene.
Por fim, a advogada e tesoureira a da OAB-PB, Leilane Soares disse que ” as mulheres querem ser ouvidas e tem muito a dizer. Nesse sentido, é de suma importância dar espaço e voz a cada uma delas. Assim surgiu o movimento e dezenas de mulheres estão unidas em um propósito que é discutir a advocacia feminina, fomentar a liderança de mulheres e ocupar espaços de forma real.”
Estão à frente do movimento, além de Izabelle Ramalho, às diretoras da atual gestão da OAB Paraíba, a vice-presidente Rafaella Brandão e a tesoureira Leilane Soares, a advogada e professora Susana Araújo, e as advogadas Mislene Santos, Anna Carla Lopes e Carol Lopes, filhas da advogada Fátima Lopes, figura importante na política de Ordem da Paraíba que morreu há alguns anos em um trágico acidente, em João Pessoa.
Fonte: Assessoria
Créditos: Polêmica Paraíba