Campanha de imunização

COVID-19: João Pessoa estuda punição para pessoas que querem escolher vacina; secretário estadual é contra medida

A prefeitura municipal de João Pessoa está avaliando a possibilidade de punir pessoas que estão se recusando a serem vacinadas contra a Covid-19 porque estão tentando escolher a fabricante da vacina.

A medida está sendo adotada em outros estados, como em Pernambuco, onde o prefeito João Campos, da capital Recife, declarou que as pessoas que se recusarem ficarão 60 dias sem poder agendar a vacinação.

Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta terça-feira (5), o chefe da imunização de João Pessoa, Fernando Virgolino, reconheceu que pessoas estão tomando essa atitude, disse que prefeitura já estuda algum tipo de punição, mas que a forma que poderá ser adotada ainda não foi definida.

“De fato a gente vem percebendo que isso está ocorrendo, as pessoas escolhendo o laboratório, a fabricante da vacina. E nós da secretaria municipal de saúde temos orientado que todas as vacinas são seguras, passaram por testes para serem aprovadas e chegarem ao braço do povo”, reconheceu.

“A gente já começou a conversar sobre alguns posicionamentos e assim que a gente finalizar, estaremos colocando isso para a população. Mas a gente não espera que chegue a esse momento punitivo. A gente espera que a população de fato se conscientize da importância da vacinação”, concluiu.

Estado é contra

Também ao Arapuan Verdade, o secretário estadual de saúde, Geraldo Medeiros, se disse contra a adoção de punições e condenou aqueles que estão resistindo à aplicação da vacinação.

“É lamentável que em um momento como esse em que todos devem exercer seu direito de cidadania e manter a empatia com o próximo se vacinando para se proteger e proteger seus entes queridos, as pessoas tenham um entendimento errôneo como esse […]. No momento como esse, de uma pandemia, o confronto não é a atitude ideal. Nós temos que trabalhar para convencer essas pessoas estão resistentes em relação a se vacinar”, respondeu.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba