suporte

CORONAVÍRUS: HU de João Pessoa disponibilizará 15 leitos para pacientes de Manaus

O Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), João Pessoa, Paraíba, irá disponibilizar 15 leitos de enfermaria para atender pacientes vindos de Manaus. 

Pacientes de Manaus-AM com covid-19 poderão ser transferidos para a Paraíba, para serem tratados em João Pessoa. Nesta quinta-feira (14), o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh), da Universidade Federal da Paraíba e vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC), colocou 15 leitos à disposição do Ministério da Saúde (MS), que está coordenando um esforço nacional de apoio ao Estado do Amazonas. A data para o traslado dos potenciais pacientes ainda não está confirmada, mas toda a logística de transporte ficará a cargo do MS.

Agora à tarde, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, vinculada ao Ministério da Educação, encaminhou um ofício ao MS disponibilizando, aproximadamente, 150 leitos distribuídos em nove hospitais universitários federais que fazem parte da Rede Ebserh a fim de ajudar o Estado do Amazonas.

“Desde quarta-feira à noite, estou sendo contatado pelo Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e pela presidência da Ebserh, para verificar a possibilidade de o Hospital Universitário Lauro Wanderley se incorporar a uma ação humanitária nacional, dada a situação crítica no Estado do Amazonas”, afirmou o médico Marcelo Paulo Tissiani, superintendente do HULW.

“Verificamos nossa infraestrutura de assistência, incluindo equipamentos e pessoal, e fizemos os ajustes necessários para ampliar nossa capacidade de atendimento, oferecendo nossa contribuição para ajudar a desafogar o sistema de saúde de Manaus. Somos um hospital federal que trabalha em prol da vida e que, agora mais do que nunca, está a serviço dos brasileiros. Estamos prontos para cuidar do nosso povo”, acrescentou Marcelo Tissiani.

Além do HULW-UFPB, pacientes de Manaus com Covid-19 serão recebidos nos próximos dias para tratamento em leitos de enfermaria e UTI no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HUOL-UFRN), Hospital Universitário de Brasília da Universidade Federal de Brasília (HUB-UnB), Hospital Universitário da Universidade Federal de Goiânia (HC-UFG), Hospital Universitário Walter Cantídio da Universidade Federal do Ceará (HUWC-UFC), Hospital Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (HU-UFPE) e no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-UFAL). Dos 150 leitos, 22 são de UTI e os demais de enfermaria.

PACIENTES DE MANAUS FICARÃO NA ENFERMARIA COVID-19

O superintendente do HULW, Marcelo Tissiani, ressaltou que os pacientes oriundos do Amazonas ficarão internados na enfermaria da Ala Covid-19 do HULW. Atualmente, essa ala dispõe de sete leitos de enfermaria. Com a ampliação, a unidade vai comportar 19 leitos para pacientes com Sars-CoV-2. O Lauro Wanderley também dispõe de sete leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento da covid-19.

Presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Lauro Wanderley, o médico Francisco de Assis Silva Paiva destacou que, desde o início da pandemia em 2020, o HULW tem intensificado as medidas de profilaxia na instituição, inclusive com reforço na capacitação dos colaboradores, especialmente das equipes que atuam diretamente na assistência aos pacientes contaminados pelo coronavírus.

“Com a possibilidade de chegada dos pacientes de Manaus, reforçamos a necessidade de cumprimento de nossos protocolos e fizemos ajustes na equipe, para garantir a segurança dos usuários e dos profissionais que atuam na linha de frente do combate à covid-19”, disse.

O HULW passou a atender pacientes com suspeita de Covid-19 a partir de março de 2020. Inicialmente, a instituição era retaguarda para o público infanto-juvenil, condição que permaneceu até 3 de maio. A partir de 4 de maio de 2021, o Hospital Universitário tornou-se retaguarda, exclusivamente, para o público adulto para casos suspeitos/confirmados de covid-19.

Sobre a Ebserh – O HULW-UFPB integra a Rede Ebserh desde dezembro de 2013. Estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) administra atualmente 40 hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

COLAPSO NA SAÚDE DO AMAZONAS

O boletim da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas aponta que foram registrados nesta quarta-feira (13) 1.474 novos casos de Covid-19, totalizando 219.544 casos da doença no estado e 69 óbitos, sendo 41 ocorridos na última terça-feira (12), elevando o total de mortes para 5.879.

De acordo com o Coronel Franco Duarte, representante do Ministério da Saúde, o motivo da crise em Manaus é o alto consumo de oxigênio por pacientes de leitos clínicos. “Aquele paciente que não está no leito de UTI é o que consome mais, porque ele fica ao lado do regulador de oxigênio. A sensação é a falta de ar, e você abrindo o acesso ao oxigênio, você tem a sensação de bem estar, mas em contrapartida, aumenta muito essa demanda”, disse.

Médicos e acompanhantes foram vistos nos últimos dias na Capital Amazonense transportando cilindros de oxigênio nos próprios carros para levar aos hospitais.

Hoje, o governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou que além da Paraíba, outros quatro estados e o Distrito Federal devem atender pacientes amazonenses: Goiás, Piauí, Maranhão e Rio Grande do Norte.

João Azevêdo repercute crise da Saúde de Manaus 

Em uma publicação no Twitter, ele defendeu união para salvar o maior número de vidas e reafirmou que o Governo da Paraíba está disposto a ajudar o governo amazonense.

“O Amazonas vive uma situação extremamente difícil e essa é a hora, mais do que nunca, de nos unirmos para salvar o maior número possível de vidas. A Paraíba tem um sistema de saúde eficiente, profissionais qualificados e não poderíamos deixar de prestar esse gesto de humanidade”, escreveu.

Ainda de acordo com Azevêdo, “Precisamos vencer juntos esse inimigo que tem causado tanto dor. Somos paraibanos, somos brasileiros, somos o mesmo povo e, nesse momento, a população amazonense precisa de nós”, acrescentou.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba