Um estudo do Laboratório de Inteligência Artificial e Macroeconomia Computacional (Labimec) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) revela que, há quase um mês, a ocupação dos leitos adultos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na Grande João Pessoa, no Sertão e em toda a Paraíba mantém tendência de alta. Na última semana, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) emitiu um comunicando confirmando o aumento.
Segundo os pesquisadores, a tendência observada no estudo foi calculada com base na média móvel exponencial dos últimos 13 dias, que é o espaço de tempo médio entre o início de uma hospitalização e de possível óbito por causa da covid-19.
Desde o início do monitoramento, os pesquisadores da UFPB percebem alguns pontos que devem ser destacados: há relação direta entre o número de casos ativos e de hospitalizados; maior influência no número de hospitalizados em UTI advém de um grande volume de hospitalizados na enfermaria; o período de 10 de maio a 18 de junho teve o maior número de ocupação de leitos, até o momento; e, atualmente, dos hospitalizados, cerca de 40% estão em UTIs.
De acordo com Cássio Bessaria, coordenador do laboratório da UFPB, João Pessoa e Campina Grande, no Agreste do estado, são os municípios que possuem a maior infraestrutura hospitalar na Paraíba, totalizando, ao menos, 70% dos leitos disponíveis.
“A implementação de leitos no interior e em municípios maiores, tais como Santa Rita, na Região Metropolitana, foi fundamental para o sistema de saúde, garantindo uma margem de leitos disponíveis estável”, afirma Rodrigo Ruiz, estudante do curso de Economia da UFPB que colaborou para a análise.
Segundo o último boletim divulgado pelo laboratório da UFPB, nesta sexta-feira (20), na Paraíba, não houve implementação de novos leitos, possuindo 761 para hospitalização. Desse total, 267 são UTIs, representando 35.09 % dos leitos disponíveis no estado.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba com UFPB