A cantora Bixarte relatou nas redes sociais, nesta quarta-feira (16), que foi tratada no masculino enquanto registrava uma denúncia na Delegacia Especializada de Crimes Homofóbicos, Raciais e de Intolerância Religiosa (DECHRADI) que funciona no Centro de João Pessoa.
Ela disse que foi registrar uma denúncia no local na sexta-feira (11), acompanhada por um produtor e um advogado, e enquanto fazia a queixa, foi tratada no masculino por uma funcionária da delegacia. Mesmo sendo corrigida, a funcionária teria continuado o tratamento de forma errada.
“Acontece o tempo todo, mas a gente não pode naturalizar porque é violento, é adoecedor. Eu estava com um advogado e um produtor, mas para minhas irmãs que chegam lá sem ninguém, como é que fica?”, questionou a artista, lamentando o tratamento que recebeu e pedindo providências.
O delegado responsável pela Especializada, Marcelo Falcone, disse que houve um mal entendido e a funcionária foi repreendida. Segundo ele, ela se desculpou pelo erro cometido.
Falcone explicou que a funcionária trabalha no local há oito anos e nunca houve nehum outro problema. O delegado afirmou que os profissionais que atuam nessa delegacia são treinados constantemente por ele ou pela Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds) para que exerçam as funções corretamente.
Caso alguém enfrente dificuldade semelhante à relatada por Bixarte, o delegado orienta que registre reclamação na própria delegacia, ou em qualquer outra da Polícia Civil, ou também por meio da Ouvidoria Geral, na Avenida Camilo de Holanda, 905, no Centro de João Pessoa. O serviço acontece de forma presencial das 8h às 16h30.
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A Ouvidoria atende no número 0800 281 9010 e ou pelo e-mail [email protected], para o encaminhamento de denúncias, sugestões e também elogios ao trabalho desenvolvido pelas instituições ligadas à Segurança Pública do Estado.
Bixarte
Bixarte é cantora, compositora, poetisa e rapper, bicampeã estadual do Slam da Paraíba, finalista do Slam Brasil e ganhadora do Festival de Música da Paraíba.
A artista começou a carreira aos 18 anos, quando lançou o primeiro trabalho musical, chamado “Revolução”. Aos 19, ela lançou as mixtapes “Faces” e “Faces Remix”.
Como preta, periférica e travesti, Bixarte canta e recita sobre a realidade que enfrenta diariamente e a necessidade urgente de se falar sobre esses assuntos.
Fonte: T5
Créditos: Polêmica Paraíba
