Servidores da Prefeitura de Sapé podem ficar sem receber o salário devido ao impasse gerado na Câmara Municipal. A suplementação orçamentária, reorganização necessária das despesas, precisa ser aprovada na Câmara Municipal; no entanto, a presidência da Casa tem ignorado o pedido e tenta barrar a votação. A falta de recursos também pode prejudicar a manutenção de serviços essenciais.
A situação chegou a contar com apoio do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que intermediou um acordo entre os poderes, estabelecendo a votação do projeto na última terça-feira (28). Apesar do planejamento, a sessão foi cancelada na Câmara Municipal e o assunto segue sem definição.
Sem consenso, o salário dos funcionários do poder executivo, que sempre acontece dentro do mês trabalhado, segue sem previsão de pagamento. Agora, o prefeito do município, Major Sidnei, pede colaboração dos parlamentares para que a população não seja prejudicada devido ao impasse que é político.
O gestor explicou que há recursos suficientes para efetuar os pagamentos, mas só poderá proceder quando realizada a suplementação, como prevê a lei. “É importante que os vereadores entendam que não se trata de interesse próprio, estamos falando de salários e serviços prestados à população. Essa postura só prejudica o povo e não combina com o dever público”, apontou.
Suplementação orçamentária – A autorização da realização de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) é necessária para remanejar valores e quitar as despesas da gestão. Atualmente, o município segue a dotação orçamentária feita pela gestão passada, que prevê apenas 10% de suplementação, valor muito abaixo do necessário. Embora insuficiente, o recurso poderá auxiliar nos custos da administração, como a folha de pagamento. Ainda assim, o dispositivo não foi votado pelos vereadores do município.
A série histórica da suplementação orçamentária do Executivo em Sapé foi de pelo menos 60%. O orçamento foi reduzido de 2020 para 2021 em quase R$ 10 milhões, e a suplementação reduzida de 60% para apenas 10%, comprometendo os atos da atual gestão.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: ASCOM