A defesa dos investigados Evaldo Rosas e Peitro Harley negou, nesta segunda-feira (01), que os clientes tenham firmado acordo de colaboração premiada com o Ministério Público da Paraíba (MPPB). Mais cedo, a Justiça atendeu parecer do MP e determinou a conversão da prisão preventiva desses invesrigados em medidas cautelares. Os dois foram alvos da 11ª e 12ª fases da Operação Calvário, desencadeada no dia quatro de fevereiro, denominada de “A Origem”.
Em entrevista ao programa 60 minutos, da Arapuan FM, o advogado Gustavo Botto disse que a decisão envolveu questões humanitárias em decorrência da Covid-19. “é uma especulação que nasceu hoje e a defesa nesse momento não confirma a informação. A defesa nega a existência de qualquer acordo de delação premiada. É a negativa da existência mesmo”, afirmou o advogado.
A decisão que liberou os investigados foi assinada pelo juiz Adilson Fabrício, da Primeira Vara Criminal da Capital, que concordou com o pedido do Ministério Público em relação aos ricos da atual situação epidemiológica do país, com o avanço da Covid-19.
“De outro lado, melhor analisando a situação em relação a PIETRO HARLEY DANTAS FÉLIX e JOSÉ EDVALDO ROSAS, vejo que assiste razão ao MP quando afirma que medidas cautelares diversas da prisão podem vir a conter o risco que a liberdade deles poderá representar. Além disso, o avanço da nova onda da COVID, reclama melhor e mais criteriosa análise dos pleitos libertários. É fato notório que o sistema de saúde no Brasil está a beira de um colapso em face do alto índice de internação em leitos hospitalares e leitos de UTI´s decorrente da infecção causada pelo Coronavírus”, escreveu o magistrado.
Segundo Gustavo Botto, a decisão deixa a defesa ‘tranquila’, “uma vez que nosso cliente estarão em casa amanhã. Estarão com medidas cautelares, mas por uma questão humanitária mesmo. A gente sabe que a pandemia está em alta e inclusive no presídio há casos de Covid-19”, afirmou.
“Os Custodiados PIETRO HARLEY DANTAS FÉLIX e JOSÉ EDVALDO ROSAS, embora implicados em fatos demasiadamente graves, reúnem condições pessoais que autorizam cumprirem medidas cautelares diversas da preventiva que ora lhes é imposta, conforme consignado pelo MP”, acrescentou.
Ao programa Conversa Política, do jornalista Laerte Cerqueira, o coordenador do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO), Octávio Paulo Neto, também negou a existência de uma delação. “Somos pessoas humanizadas e nos habita a preocupação com a saúde de todos, inclusive dos investigados. A Covid tem gerado profunda inquietação”, afirmou.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba