Gestores de saúde de ao menos 1.068 municípios relataram, em um levantamento, preocupação sobre o estoque de cilindros de oxigênio e até mesmo risco de desabastecimento nos próximos dias se a curva de casos de Covid-19 se mantiver em alta e houver novos entraves junto a fornecedores. Os dados são de um balanço feito pelo Conasems, conselho que reúne secretários municipais de Saúde, e divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.
Segundo o órgão, o total de municípios com dificuldades pode ser ainda maior, já que apenas uma parte respondeu ao questionário. Ao todo, os gestores, como secretários, representantes de hospitais e de outras unidades de saúde que atendem pacientes com Covid, de 2.411 municípios enviaram dados.
O levantamento começou a ser feito nas duas últimas semanas de março, e terminou na terça-feira (06). Neste sentido, o balanço traz alguns alertas sobre a situação dos estoques e impasses enfrentados pelos municípios. O principal é a dependência de cilindros de oxigênio, modelo visto como de maior dificuldade de fornecimento, e apontado por 87% dos municípios como principal estrutura de armazenamento. Os 1.068 municípios informaram haver risco de desabastecimento em ao menos uma unidade em até dez dias.
Em consonância aos dados acima, em João Pessoa, hospitais privados revelaram escassez de oxigênio, anestésicos e medicamentos para intubação. De acordo com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), cerca de 75% das instituições do Brasil só têm o abastecimento garantido por uma semana ou menos. Além da capital paraibana, o levantamento mostra que instituições de Belém (PA), Belo Horizonte (BH), Blumenau (SC), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP) também estão com abastecimento crítico de oxigênio.
Fonte: Polêmica Paraíba, Folha de São Paulo e T5
Créditos: Polêmica Paraíba