Nesta terça-feira (25), os bancários da Paraíba realizam uma assembléia virtual para avaliar a campanha nacional e decidir sobre a possibilidade de greve. A categoria reivindica reajuste pela inflação mais 5% de ganho real nos salários. Além de não apresentarem nenhuma contra proposta, os bancos ainda querem retirar direitos históricos firmados na Convenção Coletiva da categoria.
Na última quinta-feira (20), em reunião de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), os representantes dos banqueiros voltaram a apresentar propostas que incluem “reajuste zero”, o que implicará em uma diminuição de 2,65% nos salários (considerando as perdas inflacionárias), além de reduzir a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) em quase metade (até 48%), retirar a 13ª cesta alimentação, diminuir a gratificação de função (de 55% para 50%) e até alterar direitos dos bancários que sofreram acidente de trabalho.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, manifestou preocupação com o desfecho da campanha em curso. “As bancárias e os bancários trabalham duro, dão o melhor de si para que os bancos lucrem tanto e, com certeza, ante a habitual ganância, mesquinhez e arrogância dos banqueiros podem optar por usar a única arma que temos para nos contrapor a tudo isso, que é greve por tempo indeterminado. E nós contamos sempre com a força e a capacidade de luta dos nossos companheiros e companheiras, que farão uma importante assembléia na próxima terça-feira”, concluiu.
LUCRO DOS BANCOS — Ano passado, o lucro dos cinco maiores bancos do país somou R$ 108 bilhões, com alta de 30,3% em doze meses. E mesmo em plena crise econômica, os bancos seguem lucrando. Neste primeiro semestre, o lucro dos quatro maiores — Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil — chegou a R$ 28,5 bilhões. A Caixa Econômica ainda não divulgou o balanço do primeiro semestre de 2020. Mas, ano passado, o lucro do banco foi de R$ 21,057 bilhões, representando aumento em relação a 2018 (103,4%).
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria