O governador João Azevêdo (Cidadania) lançou, no início da tarde desta segunda-feira (1º) o Plano de Educação para Todos em Tempos de Pandemia (PET-PB), que definiu o retorno das aulas na rede estadual de ensino para o próximo 1º de março. O retorno, no entanto, acontecerá com uma série de restrições.
Quem apresentou de fato o programa foi o secretário Executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Daniel Beltrammi. As aulas voltarão de forma híbrida (presencial e remoto), sendo 70% delas de forma remota (vídeos aulas, aulas televisionadas e aulas distribuídas pela internet) e outros 30% de forma presencial. Os alunos do ensino infantil e do Ensino Fundamental I, grupos que englobam crianças de 0 a 10 anos, serão os primeiros a retornarem à sala de aula.
Beltrammi enfatizou também que a parte presencial do retorno acontecerá com turmas reduzidas, sendo o número máximo apenas a metade da quantidade de alunos que estavam em sala de aula em 2019. Os tempos de aula presencial também serão menores, com o teto de 3 horas diárias em sala de aula. Daniel disse ainda que estudantes e alunos de um mesmo grupo devem permanecer fixos.
Outra restrição é o conceito das semanas presenciais alternadas. Dentro de uma mesma semana, dois grupos de alunos e professores devem ter as aulas presenciais. O secretário deu dois exemplos: um grupo assiste aula presencial em dois dias da semana, o terceiro dia fica “vago” e os últimos dois dias da semana fica para o segundo grupo; ou, um grupo assistiria aula presencial durante uma semana, e na semana seguinte seria outro grupo. Todo grupo que não estiver em sala de aula, seguirá acompanhando o conteúdo remotamente.
Cronograma, etapas e fases
O Plano de Educação para Todos em Tempos de Pandemia está dividido em três etapas. Após esse início no dia 1º de março com alunos do Ensino Infantil e do Ensino Fundamental I, o governo do estado pretende fazer, 15 dias após o início, será realizado um inquérito sorológico breve para analisar os efeitos da pandemia nesse grupo que já está em aula presencial, a fim de avaliar a possibilidade de acrescentar alunos ao esquema 70% remoto/30% presencial.
Tendo o inquérito apresentado resultados favoráveis e pandemia em situação estável, o governo do estado acrescentaria alunos do Ensino Fundamental II (de 11 a 14 anos) ao sistema 70/30, na chamada segunda etapa.
Tendo isso acontecido, 15 dias após a adição, o governo realizaria um novo inquérito sorológico breve, com o mesmo objetivo do primeiro, para desta vez, acrescentar alunos do Ensino Médio (15 a 17 anos) e Ensino Técnico e Superior (acima de 18 anos), também para o modelo 70/30.
Depois dessa adição, entraria em pauta o que o governo chama de fases, desta vez, semestralmente. Caso os resultados do inquérito sorológico e a pandemia estejam em situação estável, o governo avançaria, a cada seis meses, para uma nova fase de ensino, dessa maneira:
Fase inicial: ensino 70% remoto e 30% presencial, de janeiro a junho de 2021;
Fase 1: ensino 50% remoto e 50% presencial, de agosto a dezembro de 2021;
Fase 2: ensino 30% remoto e 70% presencial, de janeiro a junho de 2022; e
Fase 3: ensino 10% remoto e 90% presencial, de agosto a dezembro de 2022.
Por último, João Azevêdo deixou claro que os municípios que não tiverem estrutura suficiente para retornar com a modalidade híbrida, podem iniciar o ano letivo de forma completamente remota.
Estiveram presentes durante o anúncio o governador João Azevêdo, o secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros; o secretário da Educação, Cláudio Furtado; e o secretário Executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Daniel Beltrammi.
Assista o anúncio na íntegra:
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba