Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cidade de Santa Rita, na Paraíba, ocupa o 26º lugar no ranking das cidades mais violentas do país e a mais violenta do estado. O estudo considera as mortes por agressão (homicídio) e mortes violentas por causa indeterminada (MVCI). O município apresenta a taxa de 75,0.
Mesmo com o quadro de violência preocupante, é importante destacar aspectos positivos do município. Do ponto de vista cultural, a cidade é rica em manifestações de cultura por parte da comunidade local. Atores, cantores, compositores, músicos, dançarinos, poetas, artesãos, entre outros.
A cidade localizada na região metropolitana de João Pessoa, abriga diversos segmentos culturais por iniciativa de moradores da comunidade. Em novembro de 2017 foi comemorado o Dia da Tibirilidade, que surgiu do desejo dos moradores de restaurar a imagem da cidade que foi ofuscada pela violência. Este movimento foi liderado pela ativista cultural, Sandra Alves.
A cultura da cidade sofreu com a perda do Teatro Municipal, que foi demolido para ter o espaço ocupado por um banco privado. Com o desfalque do teatro, no ano de 1986, um professor de escola pública, natural de Serraria (PB), deu início a um trabalho que anos mais tarde se consolidaria no bairro. A casa de espetáculos que leva o nome do professor Ivonaldo Rodrigues, surgiu da necessidade de promover atividades culturais para a comunidade do bairro.
Apesar de uma longa trajetória que completará 33 anos em 2019, o teatro ainda é pouco reconhecido. Pensando em destacar positivamente, tanto a cidade como também o bairro, a estudante do curso de Jornalismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Érika Soares, produziu o documentário jornalístico “Arte Resistente” que conta a história do teatro e seus colaboradores. O documentário é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Érika justifica a escolha do seu tema por ser uma realidade tão próxima e entende que, apesar da imagem gerada por aspectos da criminalidade, sempre será possível falar de coisas boas. “É um trabalho maravilhoso que precisa ser valorizado”.
O documentário da estudante, orientado pela Profª. Drª. Fabiana Cardoso de Siqueira recebeu nota máxima da banca composta por mestres e doutores.
Assista o documentário completo:
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba