A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (12), a terceira fase da Operação Arpão de Netuno, que tem o objetivo de combater o tráfico de drogas na Paraíba praticado pela “Nova Okaida RB”.
Foram cumpridos 24 mandados de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão em João Pessoa (PB) e em São Paulo (SP).
A investigação demonstrou que, após a deflagração, pela Polícia Federal, da denominada Operação “GERÔNIMO”, no ano de 2017, a qual teve por objetivo investigar e responsabilizar criminalmente os integrantes da Organização Criminosa “OKAIDA” (OKD), houve uma reorganização da Facção em razão de conflitos internos, com a ascensão de novos líderes, após o afastamento e o decreto da morte de algumas das lideranças anteriores.
A nova estrutura da Organização Criminosa foi batizada de “NOVA OKD RB”, e o processo de refundação vem investindo em realizar o cadastro de seus integrantes.
O aprofundamento das investigações revelou detalhes da estrutura da Organização Criminosa NOVA OKD RB, forma de funcionamento e identificação de seus integrantes, a saber:
1 – O Comando da Organização Criminosa, denominada de PALAVRA FINAL, é exercida pelas pessoas de Robson Machado de Lima, vulgo Ró, e José Roberto Batista dos Santos, vulgo Betinho, ambos presos e cumprindo pena no Presídio PB1, nesta Capital.
2 – A estrutura DELIBERATIVA da Organização Criminosa, denominada de CONSELHO, composta por 15 integrantes, os quais ocupam o segundo escalão hierárquico da ORCRIM, responsáveis pelas principais decisões do grupo criminoso.
3 – Estrutura EXECUTIVA da Organização Criminosa, a qual realizada o loteamento dos bairros de João Pessoa e demais cidades do Estado, com indicação dos responsáveis pelo controle do tráfico de drogas;
4 – Estrutura de CADASTRAMENTO dos integrantes da Organização Criminosa, mediante fichas individuais, constando data de filiação, área de atuação e padrinho responsável pela indicação;
5 – Por fim, a estrutura FINANCEIRA da NOVA OKAIDA RB, denominada de CAIXINHA, a qual consiste na utilização de contas bancárias de terceiros e familiares para ocultação dos valores recebidos com o tráfico de drogas, possibilitando o fortalecimento da Organização Delitiva mediante a aquisição de armas, pagamento de advogados e envio de recursos a integrantes presos e familiares.
Foi determinado pelo Poder Judiciário o bloqueio de contas bancárias, totalizando o montante de aproximadamente R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais). Os investigados responderão pelos crimes de tráfico interestadual de drogas e organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.
Fonte: Assessoria PF
Créditos: Assessoria PF