SOLO FRACO E ERRO NO PROJETO

'AQUILO NÃO É ENGENHARIA': Presidente do CREA-PB enumera problemas com prédio que desabou em João Pessoa - VEJA VÍDEO

 

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (Crea-PB), Antônio Carlos de Aragão, em entrevista ao Arapuan Verdade nessa terça (16) revelou informações preliminares sobre os possíveis problemas que podem ter acarretado no desabamento de um prédio em João Pessoa.

O presidente explica que além da construtora existe o trabalho da empresa de sondagem: “A sondagem faz a prospecção da base. Como saber se o solo aguenta o peso de uma obra de cinco andares, por exemplo”. Mas que a empresa responsável pela construção do prédio anexo ao hospital Medical Dia, tem “divergências ou áreas de sombra”. A construção do projeto estava sob a responsabilidade de uma empresa chamada Freitas Paixão: “Para nossa surpresa no CREA-PB não existe nada registrado em nome da empresa em relação a essa obra”. Aragão ainda informou que a empresa está irregular com o CREA e a Receita Federal.

O engenheiro Rômulo Freitas Paixão, responsável pela obra, terá que apresentar  os cálculos feitos sobre a obra e que a empresa esclareça por qual motivo assinou uma obra estando irregular.

O presidente do CREA disse que não sabe classificar a obra: “Aquilo não é engenharia. Não é preciso ser engenheiro, qualquer pessoa que coloque o olho naquilo sabe”. Aragão se refere a fotos que foram divulgada que mostram “remendos” na estrutura do prédio ainda em construção. “Pela forma que caiu, foi um erro de projeto. A fundação foi feita diretamente no solo. Chegou ao nosso conhecimento de forma extra oficial que o terreno é de péssima qualidade, não aguentaria o prédio”.

Aragão ainda fala na “sorte” do prédio ter caído no período da noite, sem a presença de trabalhadores.

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Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba