Polêmica

Após ser denunciado na Calvário, Romero Rodrigues se diz surpreso e nega ter recebido R$ 150 mil em propina

O ex-prefeito de Campina Grande e presidente estadual do PSD, Romero Rodrigues, se manifestou sobre a denúncia do Ministério Público contra ele, divulgada nesta quarta-feira (24). O ex-gestor demonstrou estar surpreso pela denúncia oferecida pelo MPPB, no âmbito da Operação Calvário. Segundo a denúncia, com base em depoimento do delator Daniel Gomes, da Cruz Vermelha, teria havido um pagamento de R$ 150 mil, em 2012, destinado à campanha para eleição de Romero à Prefeitura de Campina Grande.

“Acusação totalmente infundada, frágil e que não se sustenta diante de qualquer averiguação mais acurada”, argumentou o ex-prefeito. Mesmo manifestando respeitar o trabalho realizado pelo Ministério Público, ele alegou que nunca autorizou ninguém a receber dinheiro em seu nome, em favor da campanha a prefeito em 2012 e o próprio advogado apontado como intermediário na entrega do suposto recurso em duas parcelas, já negou qualquer participação dele ou de Romero em qualquer tratativa com a organização, ainda que, em 2012, fosse legalmente permitida a doação de empresas privadas às campanhas eleitorais.

ENTENDA:

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) protocolou nesta quarta-feira (24) mais uma denúncia no âmbito da Operação Calvário. Dessa vez, os alvos da denúncia são o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), Jovino Machado da Nóbrega Neto, Saulo Ferreira Fernandes e o empresário e dirigente da Cruz Vermelha do Brasil, o delator Daniel Gomes da Silva.

A denúncia protocolada pelo MP narra um suposto pagamento de R$ 150 mil (em duas parcelas de R$ 75 mil) feito por Daniel Gomes para custear a campanha de eleição de Romero Rodrigues à prefeitura de Campina Grande em 2012, dinheiro esse oriundo de propinas, “com o propósito de manter e potencializar as operações do modelo de governança (corrupta), então implantado no Estado”.

De acordo com a denúncia, o acordo feito seria a garantia de que, caso Romero fosse eleito prefeito, entregaria a administração da Maternidade Elpídio de Almeida, localizada na cidadem para as organizações sociais geridas por Daniel Gomes, como já acontecia no Hospital de Trauma de João Pessoa.

A denúncia pede que os investigados percam seus cargos, empregos, função pública ou mandato eletivo, e pedem também a reparação de danos morais no valor de R$ 150 mil.

Fonte: Polêmica Paraíba com Click pb
Créditos: Polêmica Paraíba