A intervenção do Governo Federal na segurança pública do Rio de Janeiro levantou várias discussões sobre a real necessidade do estado carioca ser comandado por um general do Exército Brasileiro. A partir da decisão do presidente Michel Temer, muitos questionamentos e levantamentos passaram a ser feitos e considerados nas últimas horas, um deles é o ranking dos estados com mais mortes divulgado pelo Anuário do Fórum de Segurança Pública, que mostra outros estados em situação mais crítica.
O Rio aparece em décimo lugar no país, à frente do Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pará, Amapá, Pernambuco, Bahia, Goiás e Ceará. Fora do top 10, a Paraíba vem na contramão de outros estados do Nordeste e conseguiu diminuir o número de homicídios nos últimos anos e vem se destacando no combate a crimes violentos.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds) em Janeiro deste ano, apontam uma redução de 2,87% em 2017 no comparativo aos 1.322 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) registrados em 2016.
Em João Pessoa, o número de homicídios diminuiu de 350 para 298 mortes, em um ano. A redução é de 14,8%. Também em Janeiro, o Governador Ricardo Coutinho já apontava a necessidade da criação de um plano nacional de segurança: “se não falarmos em uma política nacional de segurança, os estados vão continuar a enxugar gelo. É preciso que o governo federal chame a responsabilidade, porque o que vemos é que o crime migra”.
O fato é que a decisão do Governo federal vem na esteira de um Carnaval violento, com casos de espancamentos, arrastões e tiroteios amplamente exibidos pela televisão, em que o próprio governador Luiz Fernando Pezão (MDB) admitiu que o Estado não “estava preparado” para a festa, maior evento anual do Estado. A discussão agora é o motivo do Rio ter a preferência, já que em termos de números o estado apresentou 37,6 casos por 100 mil habitantes, enquanto o Sergipe, em primeiro na lista, registrou 64 casos.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica paraiba