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Após 1 ano e 3 meses de cassação dos vereadores de CG, TRE-PB ainda não julgou o processo; MP pede inelegibilidade de 8 anos

No mês de junho de 2022, o juiz eleitoral Alexandre Trineto cassou o mandato de dois vereadores e três suplentes do partido Democratas, atual União Brasil, em Campina Grande. Apesar de ter passado um ano e três meses desde a decisão, o processo ainda não foi julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB).

O Ministério Público Eleitoral emitiu parecer em abril deste ano, recomendando a manutenção da decisão de cassação dos parlamentares e suplentes do partido por fraude na cota de gênero. De acordo com o documento, todos os votos do antigo DEM, agora União Brasil, que elegeram Waldeny Santana e Cledson Rodrigues, conhecido como Dinho Papaléguas, devem ser anulados. A investigação apontou irregularidades na candidatura de Marta Ambrósio do Nascimento, Virgínia Soares de Oliveira e Maria de Fátima Dias de Lima.

O processo inclui áudios que mostram uma das candidaturas fictícias sendo colocada na chapa apenas para preencher a cota de gênero. O MPE ainda afirmou que essas candidatas não fizeram campanha e duas delas sequer foram votadas, mas mantiveram suas candidaturas.

Além da anulação dos votos, a procuradora pediu a declaração de inelegibilidade por oito anos das três mulheres e do vereador Waldeny Santana, que presidiu a convenção do partido que homologou as candidaturas.

Em entrevista à Rádio CBN, a presidente do TRE, Fátima Bezerra, afirmou que o processo será julgado como todos os outros. Desde 2020, o Tribunal já analisou mais de 30 casos de fraude na cota de gênero e na maioria dos casos manteve as condenações. Agora, só falta alguém colocar o processo na pauta para ser julgado.

 

 

 

 

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba